O Ministério Público do Estado (MP-BA) vai instaurar um inquérito para apurar se os policiais da 18ª Delegacia, em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador, se omitiram diante do estupro envolvendo os detidos Daniel Neves Santos Filho e Carlos Alberto Neres Júnior, presos pela tortura e morte de um casal na mesma cidade, no último dia 5. O ato dentro da cela, em que os dois são forçados a praticar sexo entre si, foi filmado e divulgado pelos outros detentos através das redes sociais.
A professora Mayana Sales, especialista em Direito Penal, explicou ao CORREIO que a ação na delegacia foi considerada estupro porque "houve coerção moral dos outros presos".
O MP-BA também informou que pediu a prisão preventiva para os envolvidos na morte do casal.
Prisão
No mesmo dia em que as imagens foram divulgadas, a Polícia Civil identificou os quatro autores da ação na cela. Os envolvidos foram ouvidos e autuados em flagrante por estupro. As celas da 18ª Delegacia foram revistadas e o celular onde foi feita a imagem foi encontrado.
Foi instaurado um inquérito para investigar o crime e como o aparelho foi colocado em posse dos detentos. Os custodiados que coagiram a dupla autora do latrocínio serão transferido para a penitenciária ainda esta semana, segundo a Polícia Civil.
Daniel Filho e Carlos Alberto Júnior foram transferidos para o Centro de Observação Penal (COP), no Complexo da Mata Escura. Procurada pelo CORREIO, a Secretaria Estadual da Administração Penitenciária (Seap) não respondeu quando os detidos serão levados da unidade de triagem para uma unidade prisional.
Relembre o caso
Daniel Neves Santos Filho, 29, Carlos Alberto Neres Júnior, idade não divulgada, e três adolescentes foram detidos na última terça-feira (9) sob a acusação de terem sequestrado, torturado, assassinado e enterrado o casal Juvenal Amaral Neto, 57, e Kelly Cristina Amaral, 44.
Os corpos das vítimas foram achados enterrados no quintal da própria casa no dia 8 deste mês. Eles ainda estupraram Kelly na frente do marido, enquanto pressionavam o casal a informar onde tinham guardado R$ 70 mil que teriam sido recebidos por uma das vítimas.
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Redação iBahia
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