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BAHIA

OAB-BA suspende advogado que chamou colega de cachorra

Comissão de Proteção aos Direitos da Mulher da OAB da Bahia acompanhou o julgamento e divulgou nota de repúdio à agressão

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30/11/2015 às 20:20 • Atualizada em 01/09/2022 às 5:47 - há XX semanas
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Foto: Reprodução/OAB
Um advogado que ofendeu uma colega durante uma audiência em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, foi suspenso pela Ordem dos Advogados do Brasil na Bahia (OAB-BA) em julgamento nesta segunda-feira (30). O Tribunal de Ética e Disciplina (TED) do órgão determinou suspensão preventiva de 90 dias para o advogado Marconi de Souza Reis.
Durante uma audiência em 27 de outubro, no Juizado Cível de Lauro de Freitas, Marconi agrediu verbalmente a advogada Louise Lima Andrade, que atuava como conciliadora, por conta da roupa que ela usava. "Repare, dali eu estava vendo sua calcinha. Da próxima vez, venha com uma roupa mais composta. 'Cachorra", diz Marconi, segundo pode ser ouvido no áudio, informa a OAB-BA.
A Comissão de Proteção aos Direitos da Mulher da OAB da Bahia acompanhou o julgamento e divulgou nota de repúdio à agressão: "É inadmissível que, ainda nos dias atuais, a mulher sofra censura moral e agressão verbal, de cunho discriminatório de gênero, em razão das suas roupas ou aparência", diz o texto. "O episódio, que teve como autor um advogado, revela as dificuldades que as mulheres enfrentam no desempenho das suas funções profissionais, no pleno direito de sua cidadania e da sua liberdade". A comissão classifica o episódio de "humilhação verbal".
Os envolvidos não foram localizados para comentar o caso. Pelas redes sociais, Marconi já havia se manifestado. Ele informou em uma postagem que foi à audiência acompanhar o trabalho da esposa e reconhece que chamou a advogada de "cachorra", mas a acusa de difamação por ter espalhado por aplicativos de mensagens o áudio com a fala, foto e dados dele. "A verdade é que eu injuriei a conciliadora, sim, mas num determinado contexto, enquanto ela escondeu toda a história para cometer um crime mais grave – a difamação", escreveu.
Correio24horas

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