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ONG retira mais de meia tonelada de lixo de praia em Itaparica

Em 2011, uma tonelada e meia de lixo foi coletada

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09/05/2012 às 18:30 • Atualizada em 27/08/2022 às 23:33 - há XX semanas
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Nos quatro primeiros meses deste ano, a Organização Socioambientalista PRÓ-MAR retirou 662 quilos de resíduos sólidos da praia de Mar Grande, na Ilha de Itaparica. A quantidade é preocupante, pois além dos resíduos não serem retirados diariamente, uma tonelada e meia de lixo foi coletada no ano passado.
Lixo na praia de Mar Grande
“Todas as segundas-feiras pela manhã realizamos a coleta voluntária, pesagem e os registros fotográficos dos lixos deixados na praia, em ações de apenas 20 minutos, numa área de 200m². É impressionante a falta de consciência dos frequentadores e comerciantes da região”, conta o líder da PRÓ-MAR, Zé Pescador. Segundo ele, há pouco mais de um ano, a organização começou a monitorar, de forma voluntária, o lixo da praia do Duro, situada próxima ao Terminal Marítimo das Lanchas, devido a notável omissão e agressão ao meio ambiente. O lixo encontrado é formado por materiais diversos, explica Zé Pescador. “Encontra-se de tudo no local, de vaso sanitário a mochilas escolares, mas o grande montante mesmo é de copos e garrafas plásticas”. Ele garante ter se reunido diversas vezes com barraqueiros e prefeitura de Vera Cruz para tratar do assunto, mas nunca obteve sucesso.
A presença deste lixo na praia de Mar Grande não apenas deixa o local com um visual parecido com um lixão, como também provoca a morte de golfinhos, moréias e tartarugas, comuns na região. "A cada 10 encalhes de golfinhos, seis possuem lixo no estômago. Nas tartarugas esse número é ainda mais alarmante, a estimativa supera 90%”, alertou o biólogo do Instituto Mamíferos Aquáticos (IMA), Luciano Alardo. De acordo com o biólogo, o lixo está presente no organismo da maioria dos golfinhos encalhados e é um dos principais responsáveis pela morte de tartarugas. “São copos plásticos, embalagens de doces, tampinhas de garrafa, isopor e artigos de pesca. Eles confundem estes resíduos com animais, a exemplo de lulas e polvos, por causa do formato e cor”, acrescentou Alardo.

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