A ordem judicial que despejaria cerca de 43 famílias pertencentes à comunidade quilombola Rio dos Macacos, situada nas proximidades da Base Naval de Aratu, em Simões Filho, foi suspensa na tarde da última terça-feira (1). Depois de um reunião realizada entre o Ministério da Defesa, a Marinha, a Secretaria de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (Seppir), a Procuradoria Geral da União (PGU) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ficou decidido que as famílias deverão permanecer na localidade durante os próximos quatro meses para que se encontre uma saída definitiva. No encontro, em Brasília, o Incra se comprometeu a concluir os estudos referentes à demarcação da área quilombola. A disputa entre a comunidade e a Marinha, que exige a posse das terra, foi acirrada nas últimas semanas quando o juiz da juiz da 10ª Vara Federal ordenou o despejo do grupo, que aconteceria nessa sexta-feira (4). A acusão da Marinha era de que se tratavam de invasores. Recentemente a União conseguiu decisão ordenando a saída de algumas pessoas da área em litígio.A alegação dos quilombolas é de que a área é habitada pela comunidade há mais de 200 anos. Segundo eles, alguns habitantes, hoje com mais de 100 anos, nasceram e se criaram no território. Em setembro, a Fundação Cultural Palmares emitiu um certificado reconhecendo o território como área remanescente de quilombo.
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