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BAHIA

Para 45% das pessoas que usam o ferry-boat, o serviço é péssimo

O usuário médio do ferry-boat tem entre 50 e 59 anos, ganha entre R$ 1.091 e R$ 2.725 e considera o serviço péssimo

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22/01/2012 às 13:21 • Atualizada em 03/09/2022 às 9:40 - há XX semanas
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Se você nunca passou um aperto no ferry-boat da Baía de Todos os Santos, conhece alguém que já passou. Por isso, o Instituto Futura foi a campo traçar o perfil de quem faz a travessia e as principais queixas contra o sistema, gerido pela concessionária TWB. O usuário médio do ferry é homem, tem entre 50 e 59 anos e ganha entre R$ 1.091 e R$ 2.725 por mês. Quer mais? Ele faz somente uma vez por ano e acha o serviço oferecido péssimo. Duante a pesquisa, realizada em parceria com o Jornal Correio entre os dias 8 e 16 de novembro de 2011, foram ouvidas 602 pessoas de diferentes classes sociais, idades e áreas da cidade em que moram.
Pesquisa mostra que 47,4% da população de Salvador utiliza o sistema ferry-boat
Os números mostram que 47,4% da população de Salvador utiliza o ferry-boat. Desses, 44,5% avaliam o serviço da travessia como péssimo ou ruim. Os moradores do Cabula são os que mais reclamam. Ali, 57,2% estão insatisfeitos. Por outro lado, em Itapagipe, apenas 25% dos entrevistados classificaram a travessia como péssima ou ruim. Entre os problemas apontados, as longas filas para carro e pedestres estão no topo da lista, com 30% das reclamações. Já 29,3% dos usuários acham que o número de barcos é insuficiente. Em seguida aparece a lotação, com 16,9%. Atualmente, a tarifa da travessia para pedestre custa entre R$ 3,95 e R$ 5,20, enquanto quem vai de carro tem que desembolsar de R$ 33,30 a R$ 59,55. Os valores explicam os dados da pesquisa. Dentre os entrevistados da Classe C, 54,7% afirmaram que utilizam o sistema ferry-boat, fator que incluencia em outra estatística: 58,2% dos usuários chegam ao terminal a pé. CarrosA pesquisa aponta também que o uso do carro está concentrado nas classes A/B. Nesse grupo, 65% das pessoas fazem a travessia de carro. Já entre os entrevistados das Classes D/E, apenas 25% utilizam o automóvel no ferry-boat. O estudo coloca ainda a Pituba e a Estrada das Barreiras em lados opostos no quesito travessia de carro. No primeiro bairro, 77,8% dos moradores vão para a ilha em carro particular. Já no segundo, 76,2% viajam como pedestres. Se há um bairro em que os moradores costumam ir para a Ilha de Itaparica pelo ferry é a Liberdade. Mais da metade dos moradores (64%) declararam que fazem a travessia. Em seguida aparecem os moradores de Pirajá (56,4%) e Estrada das Barreiras (55,3%). Na contramão, quem vive no Subúrbio Ferroviário é quem menos utiliza o sistema. Apenas 28,6% das pessoas afirmaram viajar de ferry-boat. O levantamento mostra que 40% dos entrevistados só utilizam o serviço uma vez por ano. Na outra ponta, Apenas 3,1% das pessoas ouvidas durante a pesquisa afirmam realizar a travessia mais de uma vez por semana. Entre aqueles que passam pelo ferry-boat pelo menos duas vezes na semana, o maior percentual está na faixa dos 30 a 39 anos: 6,8%. PonteAnunciada pelo governo estadual como a resolução do problema da travessia, a ponte que se pretende erguer entre Salvador e Itaparica também foi alvo da pesquisa. Entre os entrevistados, 75,3% das pessoas acreditam que a obra vai melhorar a vida de quem precisa cruzar a baía. Os mais otimistas são os homens: 82,7% acreditam que a construção será benéfica. No entanto, a maioria das pessoas não acha possível que a ponte esteja pronta em seis anos, prazo estipulado pelo governo. Ao todo, 57,5% dos entrevistados não acreditam na conclusão da obra nesse período.

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