O pastor Edimar Brito, 36 anos, preso na terça-feira (26) acusado de mandar matar a pastora Marcilene Oliveira Sampaio e sua prima, Ana Cristina Sampaio, afirma ter sido agredido na cela em que está detido, no Presídio Nilton Gonçalves, em Vitória da Conquista. A informação é de seu advogado, Antônio Rosa.Segundo o advogado, Edimar afirma ter sido agredido fisicamente diversas vezes desde que chegou ao presídio, na quarta-feira (27). O autor das agressões seria Adriano Silva dos Santos, 36, outro acusado de participar do crime. O pastor, que nega a autoria do crime, diz estar sendo coagido por Adriano para assumir o assassinato da pastora e sua prima.Ainda de acordo com Antônio Rosa, Edimar conta que estava presente no momento do crime, mas sempre sob ameaça de Adriano, que portava um revólver. "Ele diz também que quando foram vistos no bar, antes do crime, Adriano encostou o revólver em sua nuca e em seu abdômen. Há testemunhas", disse o advogado.
Apesar das suspostas agressões, Edimar não tinha hematomas no corpo, segundo o advogado. "Ele não tinha hematomas aparentes, mas disse que estava muito machucado, sentindo muitas dores. Inclusive, muito honestamente, o pastor tinha alguns arranhões na mão, mas disse que não eram das agressões".O advogado já pediu ao delegado que avise à direção do presídio que a permanência dos três acusados na mesma cela pode ser perigosa. O CORREIO não conseguiu contato com a direção do Presídio Nilton Gonçalves.