A Bahia tem mais de 8.500 investigações ainda abertas, sem serem encaminhadas à Justiça, de homicídios ou tentativas de homicídios ocorridos até o final de 2007. Esse número, que releva o alto grau de impunidade no estado, poderia ser ainda mais alto se não fosse a campanha Meta 2: A impunidade como alvo, promovida pelos conselhos nacional do Ministério Público e de Justiça e do próprio Ministério da Justiça. Quando foi iniciada, em fevereiro do ano passado, o número de investigações registradas até 2007 que não tinham sido encaminhadas à Justiça era de 11.536. Com a campanha, foram concluídos 2.994 inquéritos. Destes, 2.228 foram arquivados, 165 foram desqualificados para outros crimes (como lesão corporal seguida de morte e homicídio culposo) e em 541 foram denunciados os possíveis autores do crime. Sobraram ainda 8.542 inquéritos abertos, o que colocou a Bahia na 7º pior posição do país. A meta estabelecida era de 90% de conclusão dos inquéritos. Para tanto, foi criada uma força- tarefa formada por delegados, investigadores e escrivães e coordenada pela delegada Daniela Andrade Monteiro de Queirós. No entanto, após pouco mais de um ano de trabalho, apenas 25,95% das investigações foram concluídas. Procurada, a Polícia Civil baiana informou não estar preparada para comentar os dados por não ter analisado o relatório, que apontou ainda a falta de equipamentos essenciais para investigação, a exemplo de computadores individuais. Ainda segundo o relatório, o índice de elucidação dos crimes no Brasil varia de 5% a 8%. Este percentual é muito maior em outros países como os Estados Unidos (65%), Reino Unido (90%) e França (80%).
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