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Programas de Voluntariado ganham espaço no mercado de trabalho

Especialista fala sobre a importância do voluntariado

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16/07/2013 às 7:53 • Atualizada em 27/08/2022 às 2:49 - há XX semanas
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As Nações Unidas tem como definição que o voluntário é o jovem ou o adulto que, devido a seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem estar social, ou outros campos. Ser voluntário é dar de si algo de bom. É doar o tempo que sobra para fazer algo que gera aprendizado para quem recebe e para quem doa seu tempo, ao mesmo tempo em que além de ajudar a comunidade, pode reforçar o crescimento pessoal e profissional. Em um dos trabalhos produzidos por professores da Universidade de Michigan, após vários estudos, os pesquisadores concluíram que há uma relação direta entre sentir-se útil socialmente e a longevidade.
A Edição Especial da Revista Veja, “Guia para fazer o bem” (dezembro de 2001), apresentou dados que já indicavam o número de voluntários no Brasil na casa dos 20 milhões e a existência, naquele momento, de cerca de 220.000 organizações não-governamentais, a maioria dedicada a filantropia. Este movimento para o bem ganhou expressividade no últimos anos. Muitos empregados passaram a ser estimulados por suas organizações a fazer o bem, ao tempo que muitos profisionais estimularam suas organizações a olhar pelos desfavorecidos. Segundo o Prof. Stephen Kanitz, uma sociedade somente será de fato cidadã se seus participantes forem atuantes na área social. Segundo os sites filnatropia.org e voluntarios.com.br, 54% dos jovens no Brasil querem ser voluntários, mas não sabem como começar. Além disso, a tarefa que se apresenta é gigantesca e faz-se necessário um movimento cada vez mais forte de conscientização que minimize as estatísticas negativas. Grande parte desta mudança depende da educação. Assim, é preciso lançar a semente e conquistar novos adeptos.
Por outro lado, o terceiro setor tornou-se um mercado de trabalho atraente. O Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE), apontou que profissionais de diversas áreas de especialização passaram a atuar neste setor com salários competitivos no mercado. A gestão de projetos sociais já foi apontada pelo Centro de Intregração Empresa Escola (CIEE) como uma das carreiras em alta no mercado de trabalho nos último anos, tendo as habiliadades interpesoais e de gestão como as mais requeridas para o sucesso nesta carreira. Os perfis de cargos passaram a ser desenhados nas organizações com requisitos de experiência em práticas voltadas a atividades sociais e voluntárias, algumas vezes, sendo utilizados como critério de desempate entre profissionais concorrentes em processos seletivos.
A atividade de voluntariado é aberta a todos, pois o que conta é a motivação de cada um. Esta motivação pode ser pela solidariedade, o desejo de ajudar, o desenvolvimento pessoal e profissional, a descoberta de novas potencialidades, o aumento do ciclo de amizades e da rede de relacionamentos, além da construção de uma sociedade mais justa.
Desta forma, algumas instituições de ensino, de acordo com seus obetivos de educação, formação cidadã, fomento ao empreendedorismo e ao conhecimento, passaram a desenvolver programas de extensão universitária visando o desenvolvimento de uma articulação junto a sociedade. As universidades passaram a criar programas de voluntariado para que os estudantes possam contribuir para o empreendedorismo social.
É preciso ter sentido e dar sentido! O voluntariado nas universidades têm permitido discussões sobre valores como ética, cidadania e meio ambiente, além de estimular a solidariedade e o engajamento. No ambiente educacional, enriquecem o processo de ensino e de aprendizagem, complementando o trabalho em sala de aula e proporcionando uma compreensão mais aprofundada dos conteúdos abordados pelas disciplinas, uma vez que permitem relacionar teoria e prática, condução de atividades complementares e incorporar novas experiências que poderão compor os currículos profissionais dos estudantes. Estas ações são orientadas por professores e coordenadores em programas de cunho social e ambiental e reforçam sua relevância acadêmica e de formação do cidadão. Se você se interessou pelo voluntariado procure a área de extensão da sua Universidade e aventure-se! Leia os artigos anteriores Especialista analisa: a educação no Brasil precisa de mais dinheiro? As cooperativas como alternativa de inserção no mercado de trabalho
Prof. Gustavo Mettig E-mail: [email protected] Consultor e Gestor na Área de Gestão de Pessoas Administrador, com especialização em Gestão e Desenvolvimento de Seres Humanos Professor Universitário de cursos de graduação e Pós-Graduação.

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