O Projeto Cinema Petrobras em Movimento, que está na sua décima quarta edição, há seis anos vem conciliando a exibição de filmes brasileiros com atividades educativas para estudantes da rede pública de ensino. Neste mês de setembro, três municípios do Rio e um da Bahia exibem nas escolas três títulos recentes da produção nacional: Peixonauta: Agente Secreto da O.S.T.R.A, de Paulo Tatit, Xingu, de Cao Hamburguer e À Beira do Caminho, de Breno Silveira. A intenção do projeto é transformar a sala de aula em cinema, usando filmes como ferramenta pedagógica. O projeto é o maior circuito de exibição não comercial da América Latina, promovendo sessões gratuitas de filmes nacionais. A estimativa para este ano é que o número de exibições chegue a 600, atendendo a 50 mil estudantes de 200 escolas públicas pelo Brasil. Além disto, sessões especiais são feitas em hospitais, elevando o número de espectadores para aproximadamente 70 mil. No Rio de Janeiro, no dia 10, às 12h e às 14h, no Centro Integrado de Educação Pública (Ciep) Carlos Marighella, em Itaoca, e no dia 11, às 9h e às 15h, na Escola Municipal William Antônio de Souza, em Fazenda dos Mineiros, será exibido o filme Peixonauta. No dia 13, às 10h e às 14h, no Ciep Professor Túlio Rodrigues Perlingeiro, em Salgueiro, a atração é o filme Xingu. Na Bahia, no dia 9, às 8h30 e às 14h, na Escola Desembargador Oscar Dantas, em Maragogipe, serão exibidos os filmes À Beira do Caminho e Peixonauta. No dia 10, às 8h30, a Escola Municipal Bom Pastor, também em Maragogipe, terá como atração o filme Peixonauta. Para o responsável pelo projeto, Anderson Flávio, o foco é conseguir alcançar alunos que não têm fácil acesso a salas de cinema, além de divulgar o trabalho de cineastas brasileiros. “Queremos realmente chegar até pessoas que não têm acesso geográfico ou econômico às produções cinematográficas. Outro ponto importante é assim que o filme nacional sai da sala de cinema, para não ficar estacionado e ter serviço para uma população que não tem acesso. Nós inserimos ele em uma comunidade que jamais receberia a exibição”, disse. A iniciativa leva estrutura de uma sala de cinema para salas de aula com todo equipamento de projeção. “Como é um projeto de 14 anos, sempre tentamos retornar nas mesmas escolas para dar continuidade ao projeto. Hoje em dia os alunos não perguntam mais 'o que é o cinema?', eles perguntam qual é o filme”, disse Anderson Flávio. O projeto, patrocinado pela Petrobras, foi lançado em 2000, visando à democratização do cinema nacional para a população brasileira em geral, e só oito anos mais tarde focou nos estudantes da rede pública. Desde maio deste ano, os três filmes passaram por 23 estados, atingindo um total de 150 municípios, 64 só no Rio. A programação completa está disponível no site www.cbrm.com.br.
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