O radialista e professor universitário Ivonaldo Batista dos Santos, 48 anos, foi assassinado com 11 tiros na noite de sexta-feira (24) na porta do Colégio Modelo Luiz Eduardo Magalhães, na rua Irmãos Andrada, no bairro Jaqueira, na cidade de Itamaraju, Sul da Bahia. Segundo a polícia, Ivonaldo tinha ido se matricular numa pós-graduação da Uneb, que funciona dentro do colégio. Ao chegar no local, ele percebeu que havia esquecido parte da documentação necessária e pediu que um moto-taxista buscasse os documentos em sua casa. Quando o moto-taxista chegou ao colégio, Ivonaldo foi pagar a corrida e pegar a documentação e acabou assassinado por dois homens que estavam numa bicicleta. Os criminosos fugiram pela rodovia BA-489, em direção ao bairro Primavera. Ainda de acordo com a polícia, Ivonaldo foi baleado no olho direito, abdômen, braço esquerdo e na perna esquerda. O corpo do radialista, que trabalhava desde janeiro na Rádio Extremo Sul AM, onde apresentava o programa Bom Dia Cidade, foi enterrado na tarde deste sábado (25) no Cemitério São Cosme e São Damião, em Itamaraju. “Muito triste com essa notícia. Ele era uma pessoa maravilhosa, um grande guerreiro”, afirmou o amigo Marcelo Lima. Ivonaldo, que também era servidor concursado da Câmara Municipal de Itamaraju, deixa mulher e dois filhos. A autoria do crime ainda é desconhecida pela polícia, que está trabalhando com duas linhas de investigação: tentativa de assalto ou vingança. Quarto caso do ano Ivonaldo é o quarto radialista assassinado só este ano na Bahia. Em maio, Djalma Santos da Conceição, conhecido como Djalma Batata, foi torturado e assassinado em Conceição da Feira, a 110 km de Salvador. Djalma comandava o Acorda, Cidade! na rádio comunitária RCA, onde denunciava crimes. Segundo parentes, ele sofria ameaças constantes. Em março, o radialista Anael Mohab Gomes, que também era policial militar, foi assassinado com quatro tiros em Paulo Afonso. No dia 9 deste mês, foi a vez de Gilberto de Jesus Santos ser assassinado em Camaçari. Ele foi executado dentro de casa na frente da mulher e dos filhos. “Já fizemos questionamentos aos líderes da segurança pública do estado. Os comunicadores do país, principalmente da mídia alternativa, estão expostos. Não há nenhum tipo de proteção. O estado precisa tomar medidas urgentes”, afirmou o coordenador do Sindicato dos Radialistas da Bahia, Everaldo Santos Monteiro.
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