O governador Rui Costa se pronunciou na manhã desta quinta-feira (17) sobre o vazamento dos grampos telefônicos de Lula e a indicação do ex-presidente ao cargo de ministro da Casa Civil. "Eu não quero uma revolta social, no nosso país, de consequências imprevisíveis. Peço às autoridades e ao STF, que é o guardião da Constituição, que coloque serenidade e responsabilidade nas autoridades investigativas e jurídicas do nosso país", disse Rui.A declaração do governador foi dada na manhã desta quinta-feira (17), durante a formatura de 214 novos soldados da Polícia Militar em Salvador, na área cívica da Vila Policial Militar do Bonfim. Rui, entretanto, disse que não vai comentar conteúdo dos grampos telefônicos, que disse ter sido "obtido ilegalmente".
O governador Rui Costa afirmou ainda que o juiz Sérgio Moro não tinha autorização para fazer grampo telefônico da presidente Dilma e do ex-ministro da Casa Civil Jaques Wagner. "Quando você grampeia uma pessoa que não tem foro, mas ele se comunicou com uma pessoa que tem foro privilegiado, aquele trecho não pode ser revelado, a não ser pela autoridade competente, no caso o STF. Ao invés de enviar para o STF, ele enviou [os áudios] para uma rede de televisão do Brasil. Ele cometeu uma ilegalidade, um crime", defende o governador."Pessoas do sistema jurídico estão usando sua função como porta-voz, como militante partidário. É isso que está acontecendo no Brasil", declarou o governador. Ainda durante o evento, o governador falou sobre a atuação do juiz Sérgio Moro na operação Lava Jato. "Quem deveria ser o guardião da Constituição e da lei está rasgando a Constituição, rasgando a lei e indo pra tese de que os fins justificam os meios", declarou o governador. Rui afirmou ainda que há perigos nessa postura adotada pelo juiz. "Quem já leu livros de história do Brasil e da humanidade sabe onde isso vai dar. O Hitler tinha amplo e massivo apoio popular e nós sabemos no que deu. O povo alemão hoje se arrepende profundamente de ter permitido aquele regime ser criado e durar", lembra. O governador aproveitou a situação para expressar que defende a punição a investigação de corrupção em todos os partidos, inclusive no PT. "Eu espero que todos os partidos, inclusive o PT, sejam colocados ao avesso, que seja apurado tudo. O que não pode é a denúncia de alguns ser engavetada e a denúncia de outros ser exposta", critica. Sobre a indicação de Lula ao cargo de ministro da Casa Civil, o governador da Bahia afirma que o ex-presidente resistiu, inicialmente, a assumir a função. "Primeiro ele não queria porque o argumento dele era justamente o que está acontecendo: as pessoas dizendo que ele foi pra lá pra se proteger. Todos os aliados do governo, todos os militantes, o convenceram de que se é pra preservar o projeto político, se é pro país voltar a crescer, a gerar empregos e reverter a crise ele tinha que fazer esse sacrifício pessoal e assumir essa responsabilidade", esclarece.
(Foto: Arquivo CORREIO) |
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