Ilha para morar, Costas do Dendê e do Cacau para visitar. O planejamento do governo do estado para a ocupação territorial da Ilha de Itaparica, parte do projeto da ponte Salvador-Itaparica, prevê a construção de 50 mil novas unidades residenciais na ilha. Em palestra neste sábado (13) no II Salão de Turismo da Bahia, no Centro de Convenções, o secretário de Planejamento do Estado, José Sérgio Gabrielli, salientou que a ilha deverá perder seu atual caráter de veraneio, para se tornar um polo de expansão imobiliária. “Vamos ter impacto urbano importante, porque muita gente vai passar a morar na ilha, trabalhando em Salvador”, disse.
A projeção não agrada ao secretário de Turismo do Estado, Domingos Leonelli, que reclamou da atual ocupação da orla por casas de alto padrão e condomínios residenciais, e esperava mais espaço para grandes hotéis e resorts. “Essa ocupação é predatória, elitista. Um condomínio emprega três ou quatro, um hotel emprega 200 pessoas e ativa toda uma cadeia de serviços”, comparou. A expansão turística da ilha foi descartada por Gabrielli, ao destacar que praticamente não há mais espaço para construção na faixa litorânea—de todo o terreno da ilha, 17% está ocupado e 60% será de preservação ambiental. “O que resta disponível para construção não é área de costa, é no meio da ilha”, afirmou. O secretário garantiu que não haverá desapropriação de casas de praia. No encontro como trade turístico, foi assegurado que a obra será pensada com a preocupação de manter boas condições de balneabilidade da Baía de Todos os Santos para o turismo náutico e que o paisagismo também será avaliado no projeto, para tornar a própria ponte um cartão-postal. A obra da ponte deverá começar em 2014 e terminar somente em 2018. O evento termina neste domingo (14) e tem entrada franca.
A previsão é que as obras comecem em 2014 |
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