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A empresária Ana Paula Pereira chega a fabricar cerca de 500 peças por mês no seu ateliê. A expectativa é aumentar o faturamento em 30% |
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Aquela lojinha que dá para encontrar ali perto de casa e ainda um site onde vende um produto personalizado e diferente têm mais valor agregado do que se imagina. Esta é a ideia que o Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) quer mostrar ao consumidor, com a promoção do Movimento Compre do Pequeno Negócio, que acontece hoje em todo país, na mesma data em que se comemora o Dia da Micro e Pequena Empresa. Só na Bahia, 6.042 empresas já estão cadastradas para participar do movimento. E o número de microempreendedores individuais no estado (328.693) já ultrapassa ao total de empresas de micro e pequeno portes (278.292). Os números expressivos no estado são vistos pelo Sebrae como uma alternativa de oxigenar as vendas no varejo, que já amarga com a crise uma queda de 2,2%, como assegura o superintendente do Sebrae na Bahia, Adhvan Furtado. “Comprar do pequeno, além de valorizar o comércio de bairro e o desenvolvimento regional, é uma forma de desenvolver a economia”. Segundo ele, as pequenas e microempresas têm mais condições de se adaptar à crise e ofertar produtos e serviços que podem estimular o consumo. “Mesmo com a dificuldade, as pessoas não param de consumir. As empresas pequenas têm essa vantagem de adequar com mais agilidade o seu portifólio de produtos, buscar promoções e se aproximar ainda mais do cliente”, reforça Furtado. Bom negócio Flexibilidade que fez com que a empresária Ana Paula Pereira, da By Aninha Acessórios, buscasse alternativas para aumentar o volume das vendas, principalmente já pensando nas festas de final de ano. No ateliê, ela chega a produzir até 500 peças por mês. “Vou focar em produtos cada vez mais personalizados e baratear a minha produção ao máximo para aumentar as vendas, principalmente, porque nesse período as pessoas procuram mais lembrancinhas em vez de presentes mais caros”, planeja Ana Paula. Além das bijuterias e dos acessórios masculinos e femininos que produz, Ana Paula aposta também em chaveiros artesanais e artigos de papelaria como bloquinhos, agendas e cadernos. A estratégia da empresária é buscar competitividade com o preço e aumentar o faturamento em até 40%. “Tenho produtos a partir de R$ 10. O item mais caro custa R$ 60. Sem dúvida, o preço é um diferencial muito forte diante dos valores que estão sendo praticados no mercado”, afirma. E se é mesmo preço que quer o cliente, o também empresário Fábio Santos viu na crise a oportunidade de diminuir os custos e ao mesmo tempo aumentar a receita da Canecas.com em até 30%. “Fechei a loja física e vou manter apenas o e-commerce, já que vende mais e o custo de manutenção é bem menor”. O empresário irá aproveitar a sobra para investir mais em marketing e melhorar a logística para movimentar a loja virtual. “Apesar da crise, a gente está buscando outras formas de não deixar se abater e transformar isso em bom resultado”, diz. Em apoio ao Movimento Compre do Pequeno, só nesta segunda-feira, a loja virtual da Canecas.com vai dar 30% de desconto para quem compartilhar a promoção no seu perfil do Facebook ou do Instagram.