O ano de 2014 está só em julho, mas já é o ano em que mais gente morreu em desastres na aviação comercial no mundo desde 2010 –e mais do que em 2012 e em 2013 somados.
Foram 603 mortes, sem contar os 116 passageiros do avião da Air Algerie que caiu nesta quinta (24) em Mali; ainda não há informações sobre sobreviventes. Em 2010 haviam sido 795. Os dados são da Aviation Safety Network, que reúne dados sobre acidentes aéreos. Segundo a instituição, se confirmadas as vítimas do MD-82 da Air Algerie, este julho terá sido o quinto pior mês da história da aviação. O pior foi agosto de 1985, com 795 mortes em sete acidentes, entre os quais um dos piores da história, a colisão de um Boeing 747 da Japan Airlines em um monte. O que qualquer passageiro deve se perguntar a essa altura é se é seguro voar, passados três quedas de aeronave em uma semana. "A aviação nunca foi tão segura, mesmo com dois acidentes –a queda do voo da Malaysia não é contada como acidente, mas como um ato hostil", diz John Cox, membro da Sociedade Internacional de Investigadores de Segurança Aérea e que atuou em apurações de seis grandes acidentes pelo NTSB (agência nacional responsável por desastres aéreos). Ele ressalta que 2013 foi o ano em que menos pessoas morreram em acidentes aéreos (224), também segundo a Aviation Safety Network. "E no ano passado 3,3 bilhões de passageiros voaram", diz, citando dados divulgados pela Iata (associação internacional de transporte aéreo). "Embora tenha havido muitas histórias de desastres de aviação na mídia nos últimos meses, a realidade é que temos atualmente um registro de segurança notável. A aviação é a forma mais segura de transporte de massa já criado pelo homem." Sem contar atos de terrorismo, houve duas mortes para cada 100 milhões de passageiros transportados na última década; taxa de acidentes de automóveis nos EUA é oito vezes maior, segundo a Associated Press. Com informações da Folha.
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