O governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho, decretou luto oficial de três dias pela morte do poeta e romancista alagoano Lêdo Ivo. O escritor morreu aos 88 anos, na madrugada deste domingo (23), de infarto, quando viajava pela Espanha. Em nota, o governador disse que Lêdo Ivo "é uma referência de sensibilidade poética e de visão do mundo com o olhar do coração e da alma; suas obras extrapolaram as fronteiras do Brasil, com publicações em vários idiomas. Lêdo está no mesmo patamar de Aurélio Buarque de Holanda, Pontes de Miranda, Graciliano Ramos e Rachel de Queiroz. Ele deixa um legado inestimável para a literatura brasileira”. Desde 2010, funciona em Alagoas o Memorial Lêdo Ivo, museu que guarda informações sobre a vida e a obra do escritor. O espaço foi instalado no Museu Palácio Floriano Peixoto, antiga sede do governo alagoano. O corpo será cremado na Europa e deverá ser trazido para o Rio de Janeiro na próxima semana. Suas cinzas ficarão no mausoléu da Academia Brasileira de Letras (ABL). Lêdo Ivo era acadêmico há 25 anos. Jornalista, poeta, romancista, contista, cronista e ensaísta, Lêdo Ivo foi eleito no dia 13 de novembro de 1986 para a ABL, onde ocupou a cadeira nº 10, antes ocupada por Orígenes Lessa. Entre suas obras mais conhecidas, estão Ninho de Cobras, As Alianças, Crepúsculo, Curral de Peixe e A Noite Misteriosa. Em 2004, a Braskem lançou a antologia Lêdo Ivo – Poesia Completa, em homenagem aos 80 anos do poeta.
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