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Aplicativos e sites ajudam eleitor a investigar cada candidato

Quem quer ficar de olho no candidato pelo smartphone pode usar o aplicativo Acordei

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13/09/2014 às 10:09 • Atualizada em 30/08/2022 às 21:22 - há XX semanas
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Nunca foi tão fácil escolher um candidato. Com os novos recursos tecnológicos disponíveis em sites e aplicativos para smartphones, o chamado “voto consciente” ganhou aliados que funcionam como filtros para o eleitor. Pesquisam, tipificam e apontam o dedo para as qualidades e, principalmente, defeitos dos políticos. Em levantamento, o CORREIO mostra dez ferramentas gratuitas que servem para abrir o olho antes de ir às urnas em 5 de outubro.
Criado pelo site do jornal O Globo, o site Preto no Branco coloca à prova tudo que os candidatos dizem durante os debates. Além de atestar a veracidade das frases, o site compara as promessas com o dados oficiais do Brasil e do exterior.
A classificação não é um simples “verdadeiro ou falso”. Para dinamizar a consulta, o site criou categorias que analisam se as propostas apresentadas são possíveis, irrealizáveis, difíceis, vazias de detalhes ou contraditórias com o que o próprio autor disse antes.
Outro site que faz um trabalho bem parecido com o Preto no Branco, o ‘A Pública’ faz parte da Agência de Reportagem e Jornalismo Investigativo e apura, através da ferramenta Truco, se aquilo que foi dito no horário eleitoral é verdade e em que grau. Além disso, a equipe desafia os candidatos e “carimba” as falas com selos, como o “Que medo” - que é dado para quando a declaração contraria “a democracia e os direitos humanos”, informa a página.
Caso o eleitor queira saber quais candidatos entraram na Justiça para suprimir conteúdos indesejáveis a ele, a Associação Brasileira de Jornalismo (Abraji) lançou, em uma parceria com o Google, a ferramenta Eleição Transparente, disponível no site da entidade. O recurso mapeia os dados de processos movidos por partidos ou pessoas contra conteúdos na internet.
De acordo com a associação, o objetivo de manter a plataforma online é debater sobre a liberdade de imprensa. No ranking do site, a Bahia, por exemplo, aparece entre os dez estados com mais ações movidas contra empresas como Google e YouTube.
Aplicativos
Quem quer ficar de olho no candidato pelo smartphone pode usar o aplicativo Acordei, disponível para iOS (somente para iPhone) e Android (comum à maioria dos smartphones). A ferramenta é de fácil uso e contém dados sobre a biografia dos candidatos, processos nos tribunais de contas, bens, o valor liberado para o gasto em campanha, número na urna e nível de escolaridade e ocupação. Os dados, de acordo com Deivison Sporteman e Giovane Berny Possebon, desenvolvedores do aplicativo, são retirados da página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Portal de Transparência – todos online e de fácil consulta.
Bastante conhecido entre os solteirões, o Tinder - aplicativo de paquera - ganhou uma versão eleitoral. O VotoXVeto coloca o usuário para “votar” ou “vetar” parte dos programas de governo dos candidatos à Presidência da República e aos governos estaduais. Com uma curiosidade: o eleitor não sabe quem está avaliando. Ele apenas lê e diz se concorda ou não. No final, o usuário recebe um ranking no e-mail com os candidatos que ele mais concorda e discorda.
Investigação
Como saber se um candidato é ficha limpa ou suja? A dúvida pode terminar com uma simples consulta ao aplicativo Ficha Limpa, que apresenta todos os políticos brasileiros com problemas na Justiça. A ferramenta, disponível apenas para iPhone, ainda permite que os usuários compartilhem as informações no Facebook.
Para além de sites específicos e aplicativos que entregam tudo (ou quase tudo) da vida dos candidatos, o eleitor pode consultar ferramentas institucionais ou que já existem há algum tempo. É o caso do Basômetro, banco de dados desenvolvido pelo portal do jornal Estadão, que mapeia o comportamento dos parlamentares federais em votações de projetos de lei. O eleitor pode ver se o seu candidato votou ou não, se foi com o governo ou com a oposição.
Outros três sites também servem como filtros eleitorais. O do Tribunal de Contas do Municípios (TCM) mostra quais políticos tiveram finanças reprovadas. O da Caixa, se eles ou seus familiares recebem Bolsa Família. Já na página Às Claras, alimentada com dados do TSE, é possível consultar quanto cada candidato gastou para se eleger. Agora, é só acessar.
Ferramenta voltada para jovens de todo o mundo
A falta de conhecimento sobre política e o interesse dos jovens no tema fizeram com que o administrador de empresas Diego Calegari, 27 anos, começasse a elaborar um site para o público que quer, mas não possui informações específicas. “Existe uma demanda muito grande de um conhecimento qualificado. A gente pôde perceber isso com os protestos de junho do ano passado”, contou.
Com esse propósito, Calegari, em parceria com jovens empresários de todo o Brasil, montou o site Politize (www.politize.com.br). A plataforma tem como ideia principal oferecer conteúdo de forma descontraída, por meio de infográficos e jogos. O site deve ser lançado em março do ano que vem.
Por hora, está em fase de captação de recursos por meio de financiamento coletivo. “Não pretendo dar viés ideológico ao site. Vai ser o mais imparcial possível”, disse. O apoio, segundo o administrador, vem de uma rede internacional, a Global Shapers, que reúne jovens interessados em iniciativas capazes de mudar algo no mundo. De acordo com Calegari, que é de Santa Catarina, pessoas de dez cidades diferentes contribuem para o projeto, inclusive de Salvador.
Para especialista, novos recursos ‘roubarão’ poder do tempo de TV
Para a professora e pesquisadora do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Mariangela Nascimento, as ferramentas de tecnologia da informação e comunicação estão sendo “fundamentais pra construir um novo espaço de debate”. “Torna a disputa mais transparente e o eleitor passa a ter acesso a informações que não tinha antes”, defendeu.
Além da mudança no jeito de escolher o candidato, a especialista vê também uma mudança de comportamento nos políticos. “Ele agora sabe que o eleitor vai ter acesso a essa multiplicidade de informações e ferramentas. O candidato vai ser mais cuidadoso com o que diz ou faz”, avalia. Para a especialista, a principal reclamação dos partidos pequenos, o tempo de televisão, cederá espaço para as ferramentas online. “A TV, de alguma forma, ainda tem uma forte influência, mas isso está mudando, sobretudo com as redes sociais. Há uma substituição gradativa e os candidatos estão tendo que participar dessa nova forma de diálogo e interação online”, finaliza.Matéria original: Correio 24h Aplicativos e sites ajudam o eleitor a investigar e avaliar cada candidato

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