Uma nova variante da Covid-19 começou a circular no Brasil. Sequenciada pela primeira vez na Índia, em janeiro deste ano, a Arcturus, também chamada de XBB.1.16 foi detectada na cidade de São Paulo, segundo informações do Ministério da Saúde e da prefeitura da capital paulista.
De acordo com o jornal Estadão, a linhagem vem sendo tratada desde meados de abril como uma variante de interesse pela Organização Mundial da Saúde, devido a rápida disseminação nas últimas semanas. A nova cepa já foi registrada em quase 40 países.
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Segundo especialistas, no entanto, a nova variante não apresenta, até o momento, potencial para causar novas ondas de mortes e hospitalizações, ou riscos mais graves à saúde dos infectados. Ainda de acordo com um epidemiologista, as vacinas garantem a proteção contra a cepa.
O que muda são os sintomas, com pacientes infectados podendo apresentar conjuntivite, quadros de febre alta e tosse seca. Alguns desses sintomas foram vistos com menos frequência em variantes predominantes do passado, o que comprova, de acordo com o epidemiologista Jesem Orellana, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que o vírus muda tanto em estrutura genética, quanto em sintomatologia.
Entendendo a nova variante
A Arcturus é uma linhagem descendente da BA.2, conhecida como Ômicron. Segundo o Ministério da Saúde, o primeiro caso da nova cepa foi registrado em São Paulo. O órgão afirma que a nova linhagem não indica riscos à saúde pública se comparada a XBB.1.5, a principal cepa em circulação no país.
O paciente brasileiro infectado é um homem de 75 anos, com comborbidade, segundo dados divulgados pela secretaria municipal de saúde da capital paulista. O idoso não tem registro de viagens recente e apresentou esquema vacinal completo contra Covid-19, incluindo a bivalente da Pfizer.
Ainda de acordo com os dados, ele apresentou sintomas gripais e febre no dia 7 de abril. Foi atendido pela rede de saúde privada da cidade e recebeu alta na última quinta-feira (27). O caso foi notificado e confirmado pela prefeitura na segunda (1°).
Vacinas atuais protegem
Segundo o epidemiologista Jesem Orellana, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), as vacinas distribuídas no Brasil são capazes de proteger a população da nova variante.
“Não há grande razão para pensarmos que vacinas como a bivalente deixarão de ser altamente efetivas para casos graves e morte por covid-19. Por enquanto, todas as vacinas seguem funcionando bem”, disse ao Estado.
No entanto, destaca pontos de atenção e afirma que, apesar de nenhum estudo atestar a Arcturus como uma variante mais letal, o surgimento da cepa é a prova de que o vírus segue infectando pessoas, especialmente não vacinados, incompletamente vacinados e grupos de maior risco.
Redação iBahia
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