O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que se sentirá "violentado" se for obrigado a divulgar o resultado dos exames que fez para saber se estava ou não contaminado pelo novo coronavírus. O jornal "O Estado de S.Paulo" obteve na Justiça Federal o direito de ter acesso aos testes. O prazo para a apresentação dos laudos vence hoje, caso não haja recurso.
Bolsonaro disse que a Advocacia-Geral da União (AGU) "deve ter recorrido". Na noite de quarta-feira, contudo, a AGU informou que ainda está estudando "a adoção de medidas processuais cabíveis". O órgão disse que a União foi intimada na terça-feira da decisão, que deu 48 horas para o cumprimento.
— Você sabe que nós dois tivermos com uma doença grave nós não somos obrigados a divulgar o laudo. Isso é uma lei. E a lei vale pra todo mundo, tá ok? A AGU deve ter recorrido, e se nós perdermos o recurso, daí vai ser apresentado. E vou me sentir violentado. A lei vale para o presidente e para o mais humilde cidadão brasileiro — disse Bolsonaro.
Em março, nos dias 12 e 17, quando voltou de uma viagem oficial aos Estados Unidos, o presidente realizou os testes para detectar a doença. Nos dois casos, Bolsonaro afirmou que o resultado foram negativos, mas não apresentou os resultados. Pelo menos 23 pessoas de sua comitiva foram infectadas, entre eles, o secretário de Comunicação Social da Presidência da República, Fabio Wajngarten, e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno.
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Redação iBahia
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