O Brasil pode reaver mais US$ 2,1 milhões, além dos US$ 4,7 milhões – cerca de R$ 10 milhões - cuja devolução foi anunciada nesta terça-feira (9) pelo Ministério da Justiça, repatriados de bancos suíços e referentes a recursos públicos desviados pelo juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto. Segundo o advogado-geral da União, ministro Luís Inácio Adams, os US$ 2,1 milhões só não foram devolvidos agora porque foram retirados da conta antes de serem bloqueados pela Justiça da Suíça, em movimentação de recursos que atribuiu ao juiz aposentado. Esse dinheiro tem como origem o desvio de R$ 169 milhões da construção do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (São Paulo), na década de 1990. Em abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a primeira condenação definitiva de Nicolau dos Santos Neto pelo crime de lavagem de dinheiro cometido durante a obra. “A Justiça suíça determinou indenização, ao Brasil, de outros US$ 2,1 milhões retirados da conta pelo ex-juiz”, informou Adams hoje, durante coletiva de imprensa no Ministério da Justiça. “Já reouvemos R$ 115 milhões e deveremos chegar a mais de R$ 500 milhões, se considerarmos o que o ex-senador Luiz Estevão [outro envolvido no escândalo] se comprometeu a devolver, em parcelas de R$ 4 milhões mensais”, disse Adams. Das cerca de 45 ações similares pelas quais o governo brasileiro tenta repatriar dinheiro ilícito enviado ao exterior, 27 referem-se a recursos depositados na Suíça, de acordo com Adams.
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