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Corpo do piloto que morreu em show de acrobacias é enterrado

Amigos e familiares prestaram homenagens ao piloto de avião morto em apresentação de acrobacias no último sábado (30)

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02/11/2015 às 12:25 • Atualizada em 01/09/2022 às 2:50 - há XX semanas
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Corpo do piloto que morreu em show de acrobacias
na Barra é enterrado em Goiás (Foto: Reprodução)

O corpo do piloto André Textor, 30 anos, que morreu em um acidente aéreo na praia da Barra, em Salvador, foi enterrado na manhã desta segunda-feira (2) no cemitério de Rio Verde, em Goiás. Mais de mil pessoas compareceram ao sepultamento. Amigos e familiares prestaram homenagens ao piloto de avião morto em apresentação de acrobacias no último sábado (30). Uma bandeira do Brasil cobrira o caixão do piloto. O corpo do piloto foi velado na Câmara dos Vereadores e sepultado em Rio Verde, onde a família mora, nesta segunda-feira (2). O corpo deixou a capital neste domingo (1). O acidente aconteceu por volta das 15h50 de sábado durante as apresentações da Esquadrilha Textor Air Show. André se apresentava ao lado do pai Ruy Alberto Textor e do irmão, Tiago Textor. O avião PR-ZVX, modelo Slick 540, perdeu altitude após uma série de manobras e se chocou abruptamente com o mar, afundando na sequência. Em nota, a instituição afirmou que a Aeronáutica já iniciou investigação para apurar o que causou o acidente. Ao CORREIO, um especialista em aviação, que preferiu não se identificar, comentou o acidente. “É muito precipitado para afirmar o que aconteceu, mas pelo que vi no vídeo, é nítido que houve algum tipo de explosão, quando o piloto acabou de sair da manobra”. A maior parte do avião ainda esta no mar — algumas partes, no entanto, se desprenderam e foram levadas pela correnteza. Segundo a Marinha, destroços foram vistos próximos ao Yacht Clube, na região do Porto da Barra. O CORREIO teve acesso a imagens feitas por mergulhadores da escola Submerso Esportes Aquáticos que mostram destroços da aeronave usada por André Textor.

Fumaça em avião pode indicar que houve explosão no ar, diz especialista ouvido pelo CORREIO (Foto: Betto Jr)

Duas embarcações com equipes da Capitania dos Portos, incluindo mergulhadores, ficaram no mar ao longo do dia, para preservar o local da queda. Eles aguardavam técnicos da Aeronáutica que viriam do Rio ainda ontem para fazer dar início à perícia. As investigações para descobrir as causas do acidente serão conduzidas pela Aeronáutica, que ainda não forneceu detalhes sobre os trabalhos. Mas, para a família do piloto, tudo indica que se tratou de um problema técnico. “Não acredito que foi falha dele. Pode ter acontecido, mas não acredito. Foi o avião que não segurou”, desabafou Danilo. FeriadoAndré não tinha vindo à Bahia somente pelo evento promovido pela Base Aérea de Salvador. Para curtir o feriado, a família tinha alugado uma casa em Morro de São Paulo, Baixo-Sul do estado, onde ficaria até hoje. “Na hora do acidente, minha irmã estava lá. Por isso, ela só ficou sabendo depois”, contou Danilo, referindo-se a Marília Textor, mulher de André. Juntos há 16 anos, eram pais de Valentina, de 2 anos, e esperavam outra filha - Marília está grávida de sete meses de Sofia. “Ela está em choque, ainda não caiu a ficha. Estamos todos tentando ser fortes. Ele era um cara sempre disposto a ajudar, muito amigo, prestativo e competente no que fazia. Só tenho coisa boa para falar dele”, disse o cunhado. O piloto começou cedo na aviação – aprendeu com o avô e com o pai, Ruy Alberto Textor, líder da Esquadrilha. Natural de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, morava em Rio Verde, Goiás, onde família tem uma empresa de aviação agrícola. Ele nunca tinha se envolvido em acidente.

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