A classe média é a que mais sofre com a defasagem na correção da tabela do Imposto de Renda, que alcança 34,17% de 1998 até 2011, mostra levantamento da Ernst & Young Terco, divulgado nesta segunda-feira (3). Isso ocorre porque não houve correção de acordo com a inflação do período, diz o estudo. Percentualmente, o maior impacto da defasagem ocorre para quem recebe entre R$ 1,7 mil e R$ 4,1 mil. Um trabalhador que tinha como base de cálculo mensal para o IR, em 1998, um salário de R$ 1.801, era tributado à alíquota de 27,5%. Com isso, pagava, por mês, R$ 135,28 de imposto. Atualizando os valores até 2011, de acordo com o IPCA, e utilizando a tabela atualmente em uso, esse mesmo trabalhador teria o equivalente a R$ 4.465,01 de salário e pagaria R$ 471,35 mensais de IR. Mas se os valores da tabela tivessem sido corrigidos conforme a inflação do período, ele pagaria, com base no mesmo salário de 2012, 44% a menos – R$ 263,81 –, já que seria tributado à alíquota de 22,5%. “Quem ganhasse R$ 40 mil, por exemplo, em 1998, teria menos de 1% de redução de imposto”, explica Carlos Martins, sócio da área de Human Capital da Ernst & Young Terco. A consultoria explica que, nesses exemplos, foi considerado como base de cálculo para o IR o rendimento bruto, com desconto de INSS e deduções de dependentes. Matéria original do Correio Defasagem na tabela do IR castiga mais a classe média, aponta estudo
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