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Aéreas e sindicatos não chegam a acordo e greve pode começar dia 22

Aeronautas e aeroviários, que estão em dissídio, aceitaram 7% de reajuste. Companhias aéreas, porém, concordaram só com 6,17%, relativos ao INPC

• 19/12/2011 às 17:12 • Atualizada em 02/09/2022 às 22:39 - há XX semanas

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Aeronautas e aeroviários não chegaram a um acordo com as companhias aéreas, representadas pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) em audiência pública realizada nesta segunda-feira (19) no Tribunal Superior do Trabalho (TST) e, com isso, mantém a intenção de entrar em greve às 23h no dia 22 de dezembro por reajuste salarial. Nos próximos dias, porém, as partes deverão continuarão as tratativas, de modo a tentar chegar a um acordo. Caso isso não aconteça, a questão poderá ser julgada, de forma liminar, no plantão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que começa nesta terça-feira (20). "É uma atividade essencial. A paralisação no dia 22 não poderá, sem dúvida, alcançar toda categoria", disse a ministra Maria Cristina Peduzzi, vice-presidente do Tribunal. Os sindicatos, por sua vez, se comprometeram a manter 20% dos trabalhadores, mas esse percentual pode ser alterado pelo TST. Diferença de 0,83% nas propostasAmbas as categorias já estão em dissídio coletivo. A data-base do setor acontece no começo de dezembro de cada ano. Representantes do Sindicato Nacional dos Aeronautas (que trabalham embarcados) e o Sindicato Nacional dos Aeroviários (pessoal de terra) pediam um reajuste salarial de 10%. No decorrer das negociações,entretanto, ambas as categorias concordaram que poderiam baixar o pedido para um reajuste de 7%, desde que o vale refeição e a cesta básica sejam reajustados em 10% (o que as companhias aéreas concordaram). Entretanto, o que emperrou as tratativas foi o fato de que os representantes das empresas aéreas aceitaram somente um reajuste de 6,17% - relativo à variação do INPC - uma diferença de 0,83%. Empresas aéreasO negociador do SNEA, Odilon Junqueira, disse que as companhias aéreas não concordam com um reajuste real neste ano, ou seja, acima do INPC, porque as empresas do setor registraram prejuízo (Gol e Tam respondem por 80% do mercado, e tiveram prejuízo de R$ 686 milhões de janeiro a setembro de 2011). "As empresas, que concederam aumento real nos últimos cinco anos, não podem conceder isso neste ano porque essas duas empresas juntas [TAM e Gol] apresentaram tiveram prejuízo. Como podem executivos, administradores de empresas, de Sociedades Anônimas, com suas ações cotadas em bolsas de valores, conceder aumento real de salário neste momento? (...) Não podemos ficar reféns de ter de dar um reajuste real porque pode ter greve no Natal", disse Junqueira. Sindicatos dos trabalhadoresO assessor econômico do Sindicato dos Aeronautas, Claudio Toledo, argumentou, porém, que esse prejuízo decorre da subida recente do dólar, e não de resultados operacionais negativos. Segundo ele, a TAM registrou lucro operacional de R$ 629 milhões até setembro, enquanto a Gol teve prejuízo de cerca de R$ 270 milhões. "Mas a Gol queria ser a maior do país e baixou muito os preços das passagens", disse ele. Toledo também disse que esse movimento de redução dos preços já se inverteu nos últimos meses. Segundo dados do assessor econômico, as passagens aéreas tiveram reajuste de 56% nos últimos 60 dias. Segundo Toleado, caso a greve tenha início, essa proposta de reajuste de 7%, com a qual os sindicatos concordaram, poderá não ser mais aceita. Piso para operadores de equipamentosO sindicato dos aeroviários pedia ainda um piso salarial de R$ 1,2 mil para operador de equipamentos e de R$ 1,5 mil para despachante de check-in. As empresas aéreas, por sua vez, concordaram com o piso de R$ 1 mil somente para operadores de equipamentos - mas o Sindicato dos Aeroviários disse concordar com o valor de R$ 1,1 mil.

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