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ANP manda suspender atividades de perfuração da Chevron no Brasil

Suspensão será mantida até se identificar causa do vazamento de petróleo. Empresa disse que não foi informada, mas vai seguir 'todas as normas'

• 23/11/2011 às 21:15 • Atualizada em 28/08/2022 às 18:59 - há XX semanas

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A diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) decidiu, em reunião nesta quarta-feira (23), suspender as atividades de perfuração no Campo de Frade, na Bacia de Campos, no Rio, "até que sejam identificadas as causas e os responsáveis pelo vazamento de petróleo e restabelecidas as condições de segurança na área". saiba mais De acordo com a assessoria da ANP, somente a Chevron opera no Campo de Frade, onde no último dia 8 foi identificado vazamento em um poço de extração de petróleo. A empresa não tem atividade operacional em outros campos. Por isso, conforme nota divulgada pela ANP, a decisão "suspende toda atividade de perfuração da Chevron do Brasil Ltda. no território nacional". A empresa disse no final da tarde desta quarta que ainda não tinha sido informada oficialmente da decisão da ANP. Por meio de sua assessoria, informou que “vai seguir todas as normas e regulamento do governo brasileiro e suas agências”. Até esta terça, a ANP estimava que o vazamento, na área da Bacia de Campos, correspondia a até 3 mil barris de petróleo. Logo após a identificação do vazamento, a Chevron teve de suspender temporariamente as operações de perfuração. Em audiência pública na Câmara dos Deputados nesta quarta, o presidente da Chevron, George Buck, pediu "desculpas" aos brasileiros e ao governo pelo vazamento no Campo de Frade. Ele disse que a empresa norte-americana foi eficiente em conter o vazamento de petróleo, iniciado há duas semanas. “Peço sinceras desculpas à população brasileira e ao governo brasileiro. Peço também desculpas por não me expressar em português. [...] Esperamos continuar sendo parceiros do Brasil para fazer jus ao destino do país de se tornar superpotência." Pré-sal A ANP informou ainda que, na reunião, a diretoria da agência rejeitou pedido da concessionária para perfurar novo poço no campo para atingir a camada pré-sal. "A diretoria [da ANP] entende que a perfuração de reservatórios no pré-sal implicaria riscos de natureza idêntica aos ocorridos no poço que originou o vazamento, maiores e agravados pela maior profundidade." A agência informou que a decisão foi tomada com base em observações técnicas que "evidenciam negligência, por parte da concessionária na apuração de dado fundamental para a perfuração de poços e na elaboração e execução de cronograma de abandono, além de falta de maior atenção às melhores práticas da indústria". Na terça (22), a ANP informou que mancha do óleo estava com área de 2 km² e extensão de 6 km. Quatro dias antes, na sexta-feira (18), a área da mancha era de 12 km², segundo a ANP. Nesta segunda (21), o Ibama multou em R$ 50 milhões a Chevron pelo vazamento. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou que a empresa está sujeita a sofrer novas multas. Nesta quarta (23), a Polícia Federal começou a ouvir funcionários da Chevron no inquérito que apura a responsabilidade pelo vazamento.

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