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SALVADOR

Anvisa condena postura da Gol no caso do neto de Deborah Colker

Agência diz que irá apurar os procedimentos adotados pela empresa aérea

• 21/08/2013 às 17:46 • Atualizada em 31/08/2022 às 11:53 - há XX semanas

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou uma nota nesta quarta-feira (21) sobre o caso da coreógrafa Deborah Colker e sua família, que foram convidados a se retirar de um voo que seguia de Salvador para o Rio de Janeiro. Na nota, a agência condena a postura adotada pela Gol: “A Anvisa, como autoridade sanitária local, estabelecida nos principais aeroportos do Brasil, em nenhum momento foi acionada pela Gol, e condena o procedimento adotado pela aérea”. A polêmica ocorreu na tarde de segunda-feira (19), no Aeroporto Internacional de Salvador, quando testemunhas relataram que a tripulação do avião desconfiou que o neto de Deborah sofresse de uma doença de pele contagiosa e pediu para que a coreógrafa saísse do avião com a criança. De acordo com a Anvisa, “em caso de suspeita ou evidência de evento de saúde pública a bordo de meio de transporte é obrigatória à comunicação imediata à autoridade sanitária do destino ou escala, pelo meio disponível mais rápido, de forma a garantir a avaliação do risco à saúde pública para aplicação de medidas sanitárias pertinentes”. A agência afirma que irá apurar os procedimentos adotados pela Gol. Segundo Deborah Colker, as portas do avião já estavam fechadas quando o comandante mandou avisar que não viajaria com a criança no voo. "O comandante me avisou que não viajaria se eu não apresentasse um atestado médico. Como obviamente eu não dispunha, ele chamou um funcionário da Infraero", disse ao Estadão. A Polícia Federal foi chamada e dois agentes aguardaram do lado de fora do avião. O comandante teria se recusado a ir até a cabine dos passageiros e o impasse foi se prolongando. Os outros passageiros se solidarizaram com a situação e uma médica que estava no voo se ofereceu para examinar a criança, constatando que a doença não era transmissível. A médica precisou escrever o diagnóstico em um papel, que foi entregue ao comandante, para o voo sair, diz Deborah. A coreógrafa contou ainda que o presidente da Gol, Paulo Kakinoff, ligou para ela se desculpando pelo ocorrido. “Mesmo assim, eu disse a ele que pretendo processar a companhia, para dar um exemplo". Colker estava em Salvador para a turnê de comemoração de 20 anos de sua companhia de dança. A Gol divulgou nota informando que está "analisando o ocorrido". DesabafoClara Colker, filha da coreógrafa, usou as redes sociais para desabafar sobre o caso. "Meu filho tem machucados pelo rosto. Sua imagem desperta curiosidade, atenção, olhares como qq um outro q não se encaixa nos padrões. Mas e aí?! Qual é o problema disso?", escreveu.
Mãe da criança desabafou sobre o caso nas redes sociais
O menino de quatro anos sofre de epidermólise bolhosa, uma doença rara e hereditária que provoca bolhas na pele. A doença não é transmissível. "A indicação para alguém q tem Epidermólise Bolhosa é levar uma vida normal, a mais normal possível. Meu filho vai a escola, tem amigos, brinca, uma família q o ama mais do que tudo. Pessoas que lhe tratam com mt amor. A vida dele por si só é sofrida para caramba. O banho é desesperador. Comer dá trabalho, as coceiras a noite, curativos diarios e constantes etc, etc etc...", conta Colker. Resposta da GolEm nota publicada em seu blog na terça-feira (20), a Gol disse ter cumprido rigorosamente as recomendações do Manual Médico da IATA e da Anvisa. Segundo a companhia aérea, o atestado médico foi solicitado visando a segurança de um dos passageiros do voo, assim como de todos a bordo e, na falta do documento, foi acionado um médico. A Gol ainda lamentou os transtornos causados à família "com relação à forma como foi conduzido o cumprimento de tais recomendações" e pediu desculpas a estes e aos demais passageiros. Matéria original: Correio 24h Anvisa condena postura da Gol no caso do neto de Deborah Colker

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