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Conheça resultado do estudo sobre a covid-19 no Brasil

Pesquisa foi feita pela Universidade Federal de Pelotas

Redação iBahia • 02/07/2020 às 21:30 • Atualizada em 26/08/2022 às 23:24 - há XX semanas

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Nesta quinta-feira(2), representantes do Ministério da Saúde e a da Universidade Federal de Pelotas, do Rio Grande do Sul, participaram de entrevista coletiva para divulgar os resultados do maior estudo sobre a covid-19 no Brasil, além do balanço de distribuição de recursos financeiros e de medicamentos.
Segundo o coordenador da pesquisa e reitor da Universidade Federal de Pelotas, Pedro Hallal, a maior novidade do estudo é que 91% dos entrevistados apresentaram sintomas, diferentemente de outras pesquisas. Das 2 mil pessoas testadas positivo, mais de 62,9% tiveram alteração de olfato e paladar, 62,2% tiveram dor de cabeça, 56,2% relataram febre, 53,1% tiveram tosse e 52,3% informaram dores no corpo.
“Estamos dizendo que os sintomas da covid-19 aparecem e isso é bom para as autoridades locais desenvolverem protocolos para identificar os sintomas. Mas não quer dizer que cada uma delas necessitará de atendimento hospitalar”, ponderou Hallal.
A taxa de letalidade (número de mortes pelo total de casos) encontrada foi de 1,15%. Esse índice varia por faixa etária. Ele defendeu que este número é “consistente” e indica uma proporção segura na amostra averiguada.
Foram detectadas diferenças nas regiões do país. No Norte houve uma oscilação entre a 2ª e a 3ª fase, enquanto nas demais foi identificado crescimento neste período.
No recorte de gênero, os índices são semelhantes. Na distribuição por idade, a investigação mostrou que crianças pegam o vírus como pessoas mais velhas, embora estas tenham mais risco de evolução para quadro grave do que aquelas.
Em relação à transmissão dentro das famílias, o estudo trouxe resultados diferentes de outras pesquisas acadêmicas. Foram encontrados 39% de positivos, enquanto na literatura acadêmica sobre o tema a média é de 20%.
Os autores verificaram também o distanciamento social. As pessoas que saíram diariamente aumentaram de 20,2% para 26,2% entre a primeira e terceira fases da análise. Da mesma forma, o contingente que relatou ficar sempre em casa diminuiu de 23,1% para 18,9% entre a primeira e a última fase.
Foram entrevistadas pessoas em 133 cidades em todo o país, selecionadas por serem as mais populosas das regiões intermediárias. Foi maior estudo epidemiológico do mundo, verificando 90 mil pessoas com teste para o novo coronavírus, escolhidas por sorteio. Foi utilizado teste rápido (que verifica anticorpos). Os organizadores apresentaram um bom desempenho.
O secretário executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, afirmou que esses números têm de ser avaliados pois confrontam os de outros estudos.
“Ainda precisaremos de outros elementos para compreender completamente a dinâmica da doença no território. Os dados trazidos pela UFPel serão confrontados com outros estudos. Mas certamente é contribuição do Brasil para comunidade científica internacional”, comentou.
O estudo conduzido pela Universidade Federal de Pelotas encontrou uma média de 3,8% de infecção na última das três etapas. Na primeira fase, no meio de maio, o índice era de 1,9%. O percentual aumentou para 3,1% na segunda fase. A diferença entre pessoas que tiveram anticorpos detectados e os casos notificados foi de 6 vezes na última etapa.
Na análise por nível socioeconômico, há diferenças. Os 20% mais pobres da população têm o dobro da infecção dos que os 20% mais ricos da população.
“Uma explicação que pode ser dada é a questão da aglomeração, de habitações com menos cômodos, mas vamos explorar isso nos próximos meses”, observou o acadêmico.
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