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Cuba anuncia a saída do Mais Médicos após declaração de Bolsonaro

Presidente eleito já havia indicado que pretendia romper laços diplomáticos com países liderados por governantes com viés ideológico de esquerda

Redação iBahia • 14/11/2018 às 13:46 • Atualizada em 28/08/2022 às 20:02 - há XX semanas

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O governo de Cuba anunciou, na manhã desta quarta-feira, que deixará de participar do programa Mais Médicos. A decisão vem após o presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmar que pretende modificar os termos de colaboração com o país caribenho. Em vigor há cinco anos, o programa traz médicos de outros países para atuarem em regiões em que há déficit de profissionais de saúde, e contava com milhares de especialistas vindos da ilha para o Brasil, segundo nota do Comitê Oficial do Partido Comunista de Cuba, órgão responsável pela comunicação do governo cubano.
Foto: Reprodução
"O presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, com referências diretas, depreciativas e ameaçadoras à presença de nossos médicos, declarou e reiterou que modificará os termos e condições do Programa Mais Médicos, com desrespeito à Organização Pan-Americana da Saúde e o que foi acordado com Cuba ", diz a nota do Ministério da Saúde de Cuba.
Bolsonaro já havia indicado que pretendia romper laços diplomáticos com países liderados por governantes com viés ideológico de esquerda . Segundo ele, não havia motivo para manter a embaixada em Cuba, por exemplo. A declaração foi publicada em entrevista ao jornal “Correio Braziliense” e à TV Rede Vida há duas semanas.
— Olha, respeitosamente, qual o negócio que podemos fazer com Cuba? Vamos falar de direitos humanos? Foi acertado há quatro anos, quando Dilma era presidente, que se alguém pedisse exílio (no Brasil, como os médicos cubanos) seria extraditado. Dá para manter relações diplomáticas com um país que trata os seus dessa maneira? Queremos o Mais Médicos? Podem continuar. Revalida, salário integral e traz a família para cá. Eles topam? — afirmou Bolsonaro na ocasião.
Ainda segundo a nota do órgão cubano, cerca de 20 mil médicos cubanos atenderam 113,3 milhões de pacientes, em mais de 3.600 municípios, e que as condições
"As mudanças anunciadas impõem condições inaceitáveis e descumprem as garantias acordadas desde o início do programa, que foram ratificadas em 2016 com a renegociação do Acordo de Cooperação entre a Organização Pan-Americana da Saúde e o Ministério da Saúde do Brasil e o Acordo de Cooperação entre a Organização Pan-Americana da Saúde e o Ministério da Saúde Pública de Cuba. Essas condições inadmissíveis impossibilitam a manutenção da presença dos profissionais cubanos no Programa", afirma o comunicado.
"Portanto, perante esta triste realidade, o Ministério da Saúde Pública de Cuba tomou a decisão de não continuar participando do programa Mais Médicos e assim foi comunicado ao diretor da Organização Pan-Americana da Saúde e aos líderes políticos brasileiros que fundaram e defenderam essa iniciativa", conclui a nota.

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