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Desastres naturais aumentam de intensidade e frequência no Brasil

Hoje, principalmente no verão, já é realidade ocorrências como enchentes de grandes proporções, que terminam em deslizamentos de terra, inundação de cidades e mortes

• 05/06/2011 às 8:21 • Atualizada em 29/08/2022 às 16:47 - há XX semanas

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O cenário natural do Brasil, tradicionalmente famoso por quase não ser acometido por desastres como terremotos, maremotos, tufões e tornados, vem mudando recentemente, desde que se registrou no mundo que a temperatura global tem aumentado, em função das mudanças climáticas. Hoje, principalmente no verão, já é realidade ocorrências como enchentes de grandes proporções, que terminam em deslizamentos de terra, inundação de cidades e, não só com perdas materiais, mas registram-se mortes e vê-se famílias inteiras desabrigadas. Este ano, por exemplo, no Rio de Janeiro, na tragédia da região serrana, foram 916 mortos e 345 pessoas continuam desaparecidas embaixo de toneladas de terra e escombros que desceram morro abaixo. A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro chegou a criar uma comissão parlamentar de inquérito para apurar as responsabilidades sobre as proporções da tragédia. A investigação ficou conhecida como a CPI das Chuvas. O presidente da CPI, Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB), alerta que o Brasil não está preparado para enfrentar esses desastres naturais. “A urbanização nas cidades cresce e as ocupações em áreas de risco e em margens de rios continuam a ocorrer. As chuvas estão cada vez mais curtas e de maior intensidade”, diz. O chefe da Comunicação da Defesa Civil de Minas Gerais, Major Edilan Arruda, lembra que os problemas se repetem todos os anos porque o excesso de chuva provoca a transbordamento dos rios e as enxurradas. “Como o homem construiu muito próximo aos rios, a tendência natural é que, quando chova muito, os rios venham a subir e, necessariamente, vão ocupar o espaço que hoje está construído. Há excesso de água dentro da cidade, que não escorre pelas canalizações e fica em cima das ruas. Isso produz o que chamamos de enxurrada”, afirma. Ainda que deslizamento seja um fator natural, quando da ocorrência de chuvas, como lembra o professor do Departamento de Geociências da Universidade Federal de Santa Catarina Luiz Fernando Scheibe, por outro lado, a ocupação irregular do terreno é uma questão cultural no Brasil que amplia a dimensão dos problemas quando ocorre um deslizamento. “A culpa reside especialmente no fato de não ter havido uma fiscalização e que o município tenha coibido a habitação nessas áreas. Não deveria ser permitido, mas foi permitido irregularmente”, aponta. Outro problema que pode aumentar a incidência de temporais, na opinião de Scheibe, é o desmatamento das florestas. O ecologista e pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro Rui Cerqueira corrobora a análise e explica que a sequência das chuvas depende das matas porque não é a quantidade total de chuvas só que importa. “Se as matas são derrubadas, o número de dias de chuvas diminui e as chuvas ficam mais intensas, causando mais enchentes e contribuindo para a ocorrência da erosão”. As informações são da Agência Brasil.

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