A presidente afastada Dilma Rousseff divulga nesta terça-feira, às 15h, uma carta dirigida aos brasileiros. A petista estava trabalhando no texto desde a semana passada. A assessoria de Dilma confirmou a informação. A informação dos senadores, que estiveram com a presidente afastada na semana passada, é que Dilma defenderá a realização de um plebiscito sobre novas eleições.
Segundo os parlamentares, o entendimento é que a carta será "de Dilma" e não dos partidos ou movimentos sociais, que se dividem sobre a oportunidade de defender novas eleições. Mas os senadores não foram ainda convidados para a coletiva marcada. Eles foram avisados por assessores do pronunciamento de Dilma.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já disse não achar "tão essencial" a carta que será divulgada por Dilma. A posição do ex-presidente vai de encontro ao que disse, há uma semana, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, quando afirmou que a proposta de plebiscito seria "inviável", o que gerou mal estar entre petistas.
Além da ideia do plebiscito convocando novas eleições, Dilma deve fazer uma análise de que o impeachment representa uma afronta à democracia e afirma que o governo interino representa risco de perda de direitos para diversos setores da sociedade. A presidente afastada também advoga que o governo Temer é um "arranjo esdrúxulo" de setores que apoiaram a gestão petista e a antiga oposição.
O julgamento final do impeachment será dia 25 de agosto, às 9h. A previsão no Senado é que dure de três a quatro dias. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandwski, avisou aos senadores que quer impor o mesmo calendário de trabalho do STF, ou seja, sem entrar pelas madrugadas. Ele também não quer trabalhar nos finais de semana. Mas o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defende que o julgamento não seja interrompido.
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