A marca de grife Animale é acusada de ter oficinas com trabalhadores em situações análogas à escravidão.De acordo com o Repórter Brasil, a fiscalização ocorreu em três oficinas da marca, em que os costureiros trabalhavam mais de 12 horas por dia e moravam no local, em condições degradantes.
A fiscalização das oficinas ocorreu em setembro deste ano e foi composta pela equipe da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo, com o auxílio de auditores da Receita Federal.
Os costureiros, todos eles imigrantes bolivianos, recebiam por peça costurada, o que levava a longas jornadas de trabalho, com poucos horários de descanso.Eles ganhavam, em média, 5 reais por peça, das marcas Animale e A. Brand, do grupo Soma. Algumas das roupas eram vendidas por até 698 reais nas lojas da marca de grife.
Ao Repórter Brasil, a empresa informou que foi surpreendida com a fiscalização, “visto que o Grupo não compactua e repudia a utilização de mão de obra irregular em sua cadeia de produção” e que “todos os fornecedores da companhia assinam contratos em que se comprometem a cumprir a legislação trabalhista vigente e a não realizar a contratação de trabalhadores em condições degradantes e/ou irregulares, destacando ainda que toda a sua cadeia produtiva é fiscalizada por empresas especializadas para tanto”.
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