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Morte de Tatiane Spitzner foi por asfixia mecânica, diz IML

Marido da vítima está preso acusado de matar advogada. Câmeras de segurança registraram as agressões contra à mulher antes dela cair do 4º andar do prédio

Redação iBahia • 20/09/2018 às 17:19 • Atualizada em 27/08/2022 às 6:11 - há XX semanas

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O laudo do exame de necropsia realizado pelo Instituo Médico-Legal (IML) apontou que a morte de Tatiane Spitzner foi por asfixia mecânica motivada por esganadura com sinais de crueldade. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (20) ao G1 Paraná pelo diretor do instituto, Paulino Pestre.

Foto: Reprodução

A advogada foi encontrada morta no dia 22 de julho dentro do apartamento onde ela morava com o marido, Luis Felipe Manvailer, em uma cidade do Paraná. Ele foi preso no mesmo dia e nega as acusações.

Ao G1, o diretor do IML informou que, desde o início, se tratava de uma morte violenta já foi utilizado de constrição do pescoço, o que é denominado de esganadura.

"Todo o procedimento pericial realizado confirmou unanimemente, tanto os exames complementares realizados em Curitiba como o exame necroscópico lá em Guarapuava, que a Tatiane morreu e posteriormente caiu do prédio", disse Pestre.

Ele também explicou que no corpo da vítima havia evidências de luta entre ela e o marido antes da morte. “Ela apresentava no seu corpo – e estão descritas no laudo – muitas marcas de luta”, explicou.

Ainda segundo ele, o exame toxicológico revelou um elevador grau de alcoolemia da advogada. “O que sugere que ela estava bastante fragilizada até para se defender no momento”, afirmou.

Em nota enviada ao G1, a defesa de Luis Felipe Manvailer disse que não iria se manifestar sobre o novo fato, pois o laudo de necropsia ainda não foi juntado aos autos, o que não permite que os advogados da parte tenham conhecimento do documento na íntegra.

Já a família da advogada relatou em nota, também enviada ao G1, que recebe com muita tristeza a causa da morte de Tatiane Spitzner."Ele a matou dentro do apartamento, submetendo-a um período prolongado de violentas agressões físicas. Não houve suicídio, mas feminicídio e fuga do criminoso", disse a nota.

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Entenda o caso
A advogada Tatiane Spitzner foi encontrada morta no dia 22 de julho dentro do apartamento em que morava com o marido, no município de Guarapuava, no Paraná, Sul do País. Imagens do circuito interno do prédio onde o casal morava mostram as agressões sofridas por ela antes de sua morte. Ela caiu do quarto andar de um prédio. O marido da advogada, principal suspeito pelo crime, está preso.

Nas imagens, Tatiane começa a ser agredida ainda dentro do carro do casal, estacionado na entrada do prédio onde moravam. E os dois seguem de carro para a garagem. Lá, a advogada é agarrada e chega levar tapas e chutes.

Em seguida, Tatiane corre em direção ao elevador, e Manvailer vai atrás dela. No interior do elevador, a segura pelos braços. Em outro momento, a advogada ainda tenta sair, mas é arrastada novamente para o interior do elevador. Quando as portas se fecham, o marido joga a advogada no chão.

Em seguida, os dois saem do elevador. Minutos depois, outra câmera flagra o momento em que Tatiane cai da janela do apartamento no quarto andar. Manvailer aparece depois arrastando o corpo da advogada para dentro do elevador. Com a roupa manchada de sangue, ele aparece nervoso, colocando as mãos na cabeça em frente espelho do elevador. Ele, então, carrega a advogada até o apartamento.

Em outro trecho, Manvailer aparece com outra camisa e entra novamente no elevador. Ele é flagrado limpando as marcas de sangue que haviam ficado no local. Depois, vai até a garagem do edifício, entra no carro e foge.

A polícia foi chamada por vizinhos, que teriam ouvido os gritos. Os agentes chegaram ao local após o marido da advogada já ter saído. O Ministério Público do Paraná informou, na tarde desta sexta-feira, que analisa o inquérito policial e tem até a próxima segunda-feira para apresentar a denúncia.

No mesmo dia da morte da advogada, Manvailer foi preso após sofrer um acidente na BR-277. Ele foi localizado após abandonar seu carro na altura da cidade de São Miguel de Iguaçu, a 340 quilômetros da cidade em que o crime aconteceu.

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