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Músico envolvido na morte de argentino foge para Espanha

Toddy Cantuária deu o soco que causou a queda do turista durante briga em Ipanema

Redação iBahia • 30/03/2017 às 18:06 • Atualizada em 27/08/2022 às 12:11 - há XX semanas

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Um dos quatro suspeitos de agredir e matar o turista argentino Matías Sebastián Carena, de 28 anos, Walterson Ferreira Cantuária, o Toddy Cantuária, de 28 anos, ex-integrante do grupo de pagode Karametade, fugiu para Madri, na Espanha, poucas horas após a morte do turista. Carena foi espancado por ele e por outros três amigos na madrugada de domingo na Rua Vinicius de Moraes, em Ipanema. A Polícia Civil já acionou a Interpol, que está à procura do suspeito. Cantuária, segundo o delegado Rodrigo Brand, da Delegacia de Homicídios (DH) da capital, responsável pela investigação, foi quem deu o soco que causou a queda de Carena. Após cair, o turista bateu a cabeça em um degrau, o que provocou sua morte por traumatismo craniano.

Foto: Divulgação

O suspeito é uma das quatro pessoas que tiveram a prisão decretada pela Justiça. Além de Cantuária, são procurados Pedro Henrique Marciano, o PH, de 25 anos, Júlio Cesar Godinho, de 24 anos (esses com prisão temporária de cinco dias), e Thiago Noroes Lessa Silva, o Kadu Lessa, que tem mandado de prisão por 30 dias. Todos são considerados foragidos.

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O crime aconteceu na madrugada de domingo, dia 26, na Rua Vinicius de Moraes, em Ipanema, durante uma briga que teria se seguido a uma discussão ocorrida dentro do Barzin, um bar que tem como um dos sócios o ator e apresentador Bruno de Luca. Foram 30 horas de investigações até a identificação dos autores do crime, segundo Brand. A investigação foi batizada de Operação Circulos Unidos, nome do time de futebol de salão em que jogava Matías Carena.

Segundo Brand, Cantuária foi flagrado por câmeras de segurança pegando um táxi para fugir.

"Ele foi para casa na Urca e, no mesmo táxi, foi para o aeroporto, onde embarcou para São Paulo e lá viajou para a Europa às 11h40m do mesmo dia. Outro suspeito também embarcou no táxi, o Pedro Henrique, que ficou em sua casa, Copacabana. Nenhum deles foi encontrado em casa nem em locais que costumam titular da DH da Capital, Fábio Cardoso e o diretor da Divisão de Homicídios, Rivaldo Barbosa. frequentar - disse Brand durante entrevista coletiva na Cidade da Polícia.

Segundo o delegado, as polícias de Minas Gerais e Federal também foram avisadas. Dois dos foragidos, Kadu Lessa e PH, são mineiros. E Cantuária é do Maranhão. A Polícia Federal foi avisada para o caso de algum deles querer deixar o país como fez Toddy Cantuária.

De acordo com Rodrigo Brande, Kadu Lessa foi quem bateu na vítima - já no chão - com muletas. Júlio Cesar é visto nas imagens de câmeras de segurança da região onde o crime aconteceu desferindo um soco no rosto de Carena que, no entanto, não o fez cair. Pedro Henrique também agride a vítima dando chutes nela já caída no chão. Os outros também o agrediram de alguma forma. Eles responderão por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e sem chance de defesa da vítima, podendo ser condenados a 30 anos de prisão.

"Houve uma divergência sobre o valor cobrado na conta do grupo de três argentinos, o que os deixou um pouco exaltados. Mas essa divergência foi logo solucionada pela própria direção do estabelecimento. Tinha uma pessoa com eles que havia acabado de passar por uma cirurgia e estava usando duas muletas. Eles pegam essa muletas e partem para cima das vítima. Ele (Matías Carena) corre para o outro lado da rua, mas é cercado pelos quatro agressores. E quando ele tenta correr novamente é agredido com um soco, que pega na sua face e ele cai ao chão possivelmente já desacordado.

O delegado Rivaldo Barbosa contou que as muletas utilizadas para agredir o turista argentino pertencem a um amigo dos agressores. Ele havia passado por uma cirurgia recentemente e precisava do auxílio das muletas para se locomover.

"Quem estava usando as muletas chegou a cair e se machucar no momento em que pegaram o utensílio. Essa pessoa se feriu na queda e também foi levada para o Hospital Miguel Couto com alguns ferimentos", contou Barbosa. "Continuram batendo com as muletas mesmo com ele (a vítima) já caído e só param quando um argentino amigo da vítima diz a eles 'vocês podem parar porque já mataram ele'".

Rivaldo Barbosa pediu desculpas ao população argentina pelo crime.

"O Rio de Janeiro não compactua com esse comportamento. Nós não admitimos esse comportamento uma vez que somos pessoas bastante alegres e isso não condiiz com que o povo carioca representa ou passa para o seu turista. Pedimos descullpas ao povo argentino no sentido de que a gente não atua assim. Mas lamentavelmente o fato aconteceu. Pedimos desculpa e quero dizer que a Polícia Civil não compactuou com essa atividade, e em menos de 30 horas conseguiu solucionar o caso", disse para em seguida pedir a quem souber do paradeiro dos foragidos para avisar ao Disque-Denúncia (2253-1177).

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