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Papa Francisco canoniza 30 novos santos brasileiros

O presidente Michel Temer destacou, em mensagem, que esses santos foram vítimas de intolerância

Redação iBahia • 15/10/2017 às 16:30 • Atualizada em 28/08/2022 às 15:52 - há XX semanas

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A Igreja Católica tem 35 novos santos, dos quais 30 são brasileiros que foram vítimas de um massacre em 1645, no início da ocupação holandesa no Nordeste. Em cerimônia presidida pelo papa Francisco na manhã deste domingo (15), na Praça São Pedro, foram canonizados os mártires de Cunhaú e Uruaçu, no Rio Grande do Norte, alpém dos protomártires do México – considerados os primeiros mártires do continente americano -, além do sacerdote espanhol Faustino Míguez, fundador do Instituto Calasanzio, das Filhas da Divina Pastora, e do frade capuchinho italiano Angelo d’Acri.

Papa Franscisco (Foto: Divulgação)

Após ser cantado o Veni Creator, o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Angelo Amato, acompanhado pelos postuladores das causas, dirigiu-se ao papa pedindo que se procedesse à canonização dos beatos, com a leitura de seus nomes e de uma breve biografia deles. Após cânticos e orações, Francisco leu a fórmula de canonização.

O processo de canonização durou 15 anos e chegou à Congregação das Causas dos Santos por intermédio do cardeal Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo.

Em mensagem, o presidente Michel Temer destacou a canonização, ao lembrar que esses santos foram vítimas da intolerância. “A canonização de nossos mártires, eles mesmos vítimas da intolerância, traz este importante ensinamento: sejamos todos mensageiros e construtores da paz e do entendimento”, diz Temer. Eles foram canonizados neste domingo pelo papa Francisco.

Na mensagem, Temer lembra que a canonização ocorre poucos dias após a celebração dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida por pescadores no Rio Paraíba do Sul, em São Paulo. “Essa feliz sucessão de eventos renova, em dezenas de milhões de brasileiros, a virtude maior da caridade cristã. E renova nossa disposição coletiva para, por meio do diálogo, chegar à compreensão do outro. Isso é particularmente significativo neste momento da história”, lembra a mensagem presidencial.

No texto, o presidente afirma que o mundo traz marcas de “extremismos, de incertezas”, além de viver uma crise de solidariedade, que precisa ser vencida. “O nosso mundo traz, infelizmente, marcas de extremismos, de incertezas. Nossa capacidade de cooperar, de agir em conjunto, está sendo submetida a duros testes. Atravessamos uma crise de solidariedade.”

Para o presidente, vencer a crise é uma responsabilidade comum e é, também, urgente promover o resgate da solidariedade entre as pessoas e também entre as nações. “É urgente resgatar a solidariedade e, com ela, a esperança”.

Na mensagem, Temer lembra que, em recente homilia, o papa Francisco disse que a esperança é o “impulso no coração de quem acolhe, o desejo de encontrar-se, de conhecer-se, de dialogar” e afirma: “é com esse espírito que temos levado adiante transformações em nosso país. É com esse espírito que nos lançamos ao mundo”, conclui o texto divulgado nesta manhã pelo Palácio do do Planalto.

A beatificação, etapa anterior à canonização dos 30 mártires, ocorreu no dia 5 de março de 2000, no Vaticano, e foi presidida pelo então papa João Paulo II. Os 30 mártires, agora santos, foram vítimas do massacre ocorrido nos dois municípios norte-riograndenses em 1645, em função das invasões holandesas no Brasil.

Na ocasião mais de 80 fiéis da Igreja Católica foram mortos e, destes, 30 foram canonizados hoje pelo papa. A tragédia teve início quando os holandeses invadiram o Nordeste brasileiro para cobrar as dívidas dos portugueses que construíram engenhos com dinheiro emprestado pela Holanda.

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