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Promotora do caso mensalão do DEM sai de julgamento e desmaia

Promotora deixou tribunal dizendo que o marido estava tendo AVC. TRF decide nesta quinta se ela responderá ação sobre mensalão do DEM

• 21/07/2011 às 13:19 • Atualizada em 27/08/2022 às 14:03 - há XX semanas

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A promotora Deborah Guerner deixou a sessão em meio ao julgamento por volta de 11h desta quinta-feira (20), ao lado do marido, Jorge Guerner, dizendo que ele estava passando mal. Antes de chegar ao posto de atendimento, que fica do lado de fora do tribunal, a promotora desmaiou. Guerner disse que o marido estava sofrendo um Acidente Vascular Cerebral (AVC). "Eu sei que ele vai morrer de tanta injustiça", gritou a promotora. Antes de chegar ao serviço médico, ela desmaiou e foi carregada. Posteriormente, um dos advogados afirmou que Jorge Guerner sofreu um princípio de AVC há duas semanas. A Corte Especial do TRF-1 decide nesta quinta se Deborah Guerner e o ex-procurador de Justiça do Distrito Federal Leonardo Bandarra responderão a ação penal por crimes relacionados ao escândalo conhecido como mensalão do DEM. Por conta do tumulto, o julgamento teve um intervalo de 10 minutos, mas prosseguiu normalmente e será interrompido para almoço.
Após o tumulto, a defesa do casal Guerner informou que Jorge e Deborah ficarão em observação no serviço médico do tribunal por pelo menos uma hora. “O seu Jorge teve um mal estar, provavelmente problema de pressão e veio para o atendimento. E a dra. Deborah ficou nervosa, sofreu um desmaio e eles vão ficar em observação, seguindo orientação do médico do tribunal”, afirmou o advogado Maurício Araújo.Perguntado sobre a possibilidade de o episódio de desmaio ser uma simulação, o advogado da promotora afirmou que seus clientes estão sob pressão. “Não teria porque ela simular qualquer coisa acho que ela ficou bastante aflita porque o marido estava se sentindo muito mal. São inúmeras emissoras, todo mundo em cima, eu acho que a situação de pressão, o processo, eles estão com o emocional fragilizado e não é fácil para ninguém”, disse. Interrupção da sessão Minutos antes, o presidente da Corte, Olindo Menezes, havia ameaçado retirar a promotora do plenário após ela interromper a votação na qual os desembargadores decidiam se o julgamento seria aberto ou fechado ao público. A promotora se dirigiu à Corte, em voz alta, sem pedir permissão. “O Arruda não foi denunciado, o Paulo Octavio não foi denunciado”, gritou Guerner. O presidente da Corte alertou a promotora de que ela não poderia falar naquele momento. “Se tumultuar mais uma vez, vai ser retirada. A senhora não pode falar, será que não escuta?, disse o desembargador. Após a ameaça do desembargador, Guerner voltou a assistir a sessão ao lado do marido e do advogado. Acusações Em outubro do ano passado, Guerner e Bandarra foram denunciados pelo Ministério Público por crimes de extorsão, quebra de sigilo funcional, concussão (exigir dinheiro ou vantagem em razão da função que ocupa) e formação de quadrilha dentro do suposto esquema envolvendo integrantes do governo do Distrito Federal e do Poder Legislativo. Segundo denúncias do delator do suposto esquema, Durval Barbosa, os dois acusados teriam cobrado R$ 2 milhões do ex-governador José Roberto Arruda para não divulgarem o vídeo em que ele aparece recebendo dinheiro de Durval Barbosa. O ex-procurador-geral do Ministério Público e a promotora negam as acusações. No início do julgamento, em maio, a Corte Especial começou a analisar um pedido da defesa da promotora que alegou insanidade. A intenção era evitar que ela respondesse pelos crimes dos quais é acusada. Um pedido de vista adiou para o dia 2 de junho a decisão do colegiado que negou o pedido e considerou, por unanimidade, que a promotora não sofre de insanidade. Além disso, de acordo com Barbosa, Bandarra e Guerner teriam cobrado propina para vazar informações da Operação Megabyte da Polícia Federal para Durval Barbosa. Caso a denúncia do MP seja aceita, o primeiro passo da ação penal é o interrogatório dos réus e a oitiva das testemunhas, que poderão ser arroladas pela acusação e pelos advogados de defesa. Suspenso O julgamento foi suspenso por volta das 12h30 para o almoço e será retomado na parte da tarde com o julgamento do mérito da denúncia. Pela manhã foram ouvidos os advogados de defesa e julgadas as preliminares levantadas pela defesa. Os advogados dos réus sustentaram que houve problemas no processo como falta de provas, cerceamento de defesa, nulidade da investigação e incompetência do TRF 1 para julgar o caso. Todas as alegações foram rejeitadas pelo plenário da Corte Especial. Segundo a defesa da promotora, o casal Guerner já deixou o posto médico e foi para casa. Na parte da tarde, os desembargadores vão decidir se aceitam a denúncia de extorsão contra Bandarra, Deborah Guerner e seu marido, Jorge Guerner. Também são réus neste processo o delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa, Marcelo Carvalho, homem de confiança do ex-vice-governador do DF, Paulo Octávio, a ex-assessora de Durval Barbosa, Cláudia Marques. Os crimes de violação de sigilo funcional, concussão e formação de quadrilha foram desmembrados em um outro inquérito que será julgado após o caso de extorsão. As informações são do G1.

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