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BRASIL

Dilma defende salário igual para mulheres e negros

Para a presidenta, a Copa é um momento especial para que sejam exibidos os avanços da sociedade brasileira sobre o tema

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15/05/2014 às 20:59 • Atualizada em 01/09/2022 às 13:19 - há XX semanas
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Ao participar de ato que celebrou o compromisso com empregadores e centrais sindicais para a melhoria das condições de trabalho durante a Copa do Mundo, a presidenta Dilma Rousseff defendeu que a promoção do trabalho decente não deve ser levantada apenas durante o Mundial.
Para a presidenta, a Copa é um momento especial para que sejam exibidos os avanços da sociedade brasileira sobre o tema. “Em épocas passadas, não tínhamos de fato trabalho decente aqui no Brasil, qualquer emprego bastava, qualquer ocupação servia. Muitas vezes, as pessoas viviam no trabalho informal”, declarou a presidenta durante a cerimônia.
Segundo Dilma, os principais desafios para o trabalho decente no Brasil passam pela maior qualificação e condições igualitárias de emprego e renda. “No caso das mulheres, nós sempre devemos lembrar da necessidade de lutar por salário igual para trabalho igual. Para nossa população negra, é muito importante que tenhamos foco nessa questão, [e também em] um combate sem tréguas ao trabalho escravo e ao racismo”, completou.
O evento de hoje marcou a assinatura de empresas e trabalhadores a dois compromissos que visam ao desenvolvimento de iniciativas de aperfeiçoamento das condições de trabalho, de combate ao trabalho infantil e contra a exploração sexual de crianças e adolescentes. Eles terão até 31 de agosto para promoverem medidas que assegurem a qualidade dos empregos, a economia solidária e a segurança e a saúde no trabalho.
Segundo o assessor especial José Lopez Feijóo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, cerca de 1,5 mil entidades já aderiram ao compromisso, e há a expectativa que, ao todo, 6 mil instituições o façam.
No próximo dia 3, a secretaria-geral promoverá um seminário entre os membros dos comitês que acompanharão o andamento das obras. Para Dilma, esse método de diálogo com setores trabalhistas e representantes dos funcionários, como a Central Única dos Trabalhadores, mostra que o governo não evita os problemas, mas busca o caminho da solução.
Ao defender mais uma vez que o Mundial será a “Copa das Copas”, a presidenta disse que a competição deixará aos brasileiros um legado que não poderá ser levado por nenhum turista de volta a seus países. “O que eles podem levar na mala? É a garantia e a certeza de que este é um país alegre e hospitaleiro. Pode levar isso na mala. Agora, os aeroportos ficam para nós, as obras de mobilidade ficam para nós, os estádios ficam pra nós”, declarou Dilma, que disse ser essa a questão central do Mundial.

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