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BRASIL

Empresa nega trabalho escravo em navio de cruzeiro

Na última terça 11 profissionais foram resgatados por estarem submetidos a jornadas exaustivas e sem direito a folgas

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05/04/2014 às 12:45 • Atualizada em 02/09/2022 às 3:01 - há XX semanas
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A empresa MSC Crociere negou neste sábado, por meio de nota, que tenha submetido trabalhadores a condições análogas a de escravos em seus navios no Brasil. Na última terça-feira (1), a Secretaria de Inspeção do Trabalho, do Ministério do Trabalho, resgatou 11 profissionais que estariam sendo submetidos a jornadas exaustivas e também não teriam direito a folgas.
Segundo nota da empresa, durante a temporada 2013/2014, seus quatro navios que estiveram no Brasil passaram por “intensas e repetitivas” inspeções do Ministério do Trabalho e, além disso, o órgão teve acesso a “milhares de folhas de documentação” e entrevistou tripulantes. Depois desses procedimentos, diz a nota da MSC, foi solicitado o desembarque de 13 tripulantes sob a alegação de irregularidades na jornada de trabalho, sendo que dois decidiram permanecer a bordo.
“A MSC Crociere está em total conformidade com as normas de trabalho nacionais e internacionais e está pronta para colaborar com as autoridades competentes. Sendo assim, a MSC repudia as alegações feitas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, do qual não recebeu nenhuma prova ou qualquer auto de infração”, diz nota da empresa.
No documento, a MSC Crociere informa ainda que os navios em operação no Brasil empregam 4.181 tripulantes, dos quais 1.243 brasileiros.
Em ação conjunta do Ministério Público do Trabalho, da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, da Polícia Federal, dentre outros órgãos federais, foi constatado que tripulantes do navio de cruzeiro MSC Magnífica estavam trabalhando cerca de 200 dias sem nenhum dia inteiro de folga.
Eles trabalhavam cerca de 11 a 16 horas. Os períodos de descanso eram interrompidos por treinamentos e outras atividades. O Ministério do Trabalho apurou ainda que os funcionários eram submetidos a pressões psicológicas dos “capos”, nome dados aos chefes.

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