Mais de R$ 3 bilhões estão afundados em canteiros de obras públicas que, até o ano passado, eram de responsabilidade de empreiteiras agora em recuperação judicial após a Lava-Jato. São rodovias à espera de duplicação, obras de mobilidade urbana pela metade, além de lentidão na construção da maior fábrica de fertilizantes da América Latina, todas com suas construções interrompidas por causa de dificuldades financeiras de construtoras como Mendes Júnior, OAS e Galvão Engenharia. Em alguns estados, essas obras estão paradas há mais de um ano e sem prazo para reinício.É o que acontece em Recife. O moderno corredor do BRT, projetado para a Copa do Mundo, opera hoje com 30% da sua capacidade porque 11 das 26 estações não foram concluídas. A Mendes Júnior abandonou a obra no fim de 2014, após ter recebido 80% do orçamento (R$ 136 milhões). Nos 12 quilômetros de linha, parte do que foi erguido está se deteriorando pelo tempo.Para levantar os prejuízos e o que falta ser construído, o governo de Pernambuco contratou uma consultoria por R$ 310 mil. Só depois disso, uma licitação será aberta para escolher a construtora que terminará a obra, mais de três anos atrasada. A nova previsão é 2017. Esse mesmo roteiro terá que ser seguido com outras duas obras (Ramal da Copa e Contorno da BR 101) que também eram da Mendes Júnior, e nas quais foram gastos R$ 157 milhões.O atraso nas inaugurações não é o único efeito negativo das rescisões de contratos que começaram a acontecer ainda em 2014 com construtoras que entraram em recuperação judicial por causa da Lava-Jato. Elas levam, na maioria das vezes, a aumento de preço das obras. Foi assim na cidade do Rio.
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Redação iBahia
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