Foto: Reprodução/g1
Uma estudante de pedagogia, levou um tiro durante um pagode em Rocha Miranda, na Zona Norte do Rio. Mas, o que chamou atenção, é que a jovem só percebeu que tinha sido baleada quatro horas depois.
Segundo o g1, Renata de Assis estava no local comemorando o aniversário de uma amiga. Ela só teve certeza de que estava com uma bala alojada no braço, após realizar um exame de imagem durante a madrugada, em uma emergência.
"A gente estava tranquila no pagode. Eu saí desse estabelecimento, por cerca de 5 minutos, e eu senti uma pressão muito forte no meu braço. Inicialmente, eu achei que era uma pedrada. A gente olhou no chão e não tinha nada de diferente. E, como forma de expressão, para explicar para as pessoas que estava doendo muito, eu comecei a falar que eu tinha tomado um tiro. Ninguém acreditou, eu também não acreditei", afirmou Renata, em entrevista ao g1.
A jovem explicou que continuou na festa. Só depois de algum tempo, ela percebeu que o local estava doendo, mas ainda assim, fez tudo normal, até não aguentar mais e não conseguir mexer o membro.
"Só que eu continuei na festa. O pessoal falou ‘vamos para o médico?’. Eu falei ‘que médico? Vamos curtir, vamos dançar, olha o pagodinho tocando’. Fiquei de boa. Teve uma hora que eu percebi que estava doendo. Segurei meu braço bem junto ao meu corpo e fiquei quieta. Comi doce, bolo, refrigerante, tudo normal. Foi quando eu parei de sentir meu braço. Estava doendo tanto, que eu não conseguia mexer mais. Não abria e fechava mais a mão", completou Renata.
Renata contou que ao chegar em casa, na madrugada de domingo (20), falou a mãe, Rosângela de Assis, do machucado. A jovem explicou que não queria ir a uma emergência, mas foi convencida por ela.
Em uma UPA da Pena, na Zona Norte do Rio de Janeiros, foi constatado em exame de imagem que a bala realmente estava alojada no braço direito da garota.
"O que eu senti foi medo, desespero, achar que eu ia morrer e nunca mais ia sair de lá. Eu pensei ‘pronto, quando vê a plaquinha de emergência do hospital, você não sai mais. Acabou para mim’. Agora, eu estou bem. Estou só com uma bala no meu braço, mas estou bem", disse Renata.
Segundo a jovem, os médicos informaram que uma tentativa de retirar o projétil traria a ela o risco de perder os movimentos do braço. Por conta disso, ela segue com a bala alojada no ombro.
Renata procurou o Hospital Getúlio Vargas, também na Penha, Zona Norte, após ser atendida na UPA.
"Eles falaram para mim que tentar tirar em uma cirurgia seria mais arriscado do que deixar [no braço] porque ficou muito perto de um nervo. Todos os médicos e funcionários do hospital falaram que eu tive muita sorte. Porque se ela entrasse mais um pouquinho ela tinha pegado no nervo e eu tinha perdido os movimentos", afirmou.
No entanto, a família está preocupada. A mãe da estudante afirmou que cadastrou a filha no SisReg, mas só conseguiu consultas para junho.
"Estou atrás de uma segunda opinião. Na segunda-feira (21), eu fui direto no SisReg para ela ser cadastrada na Clínica da Família, mas a consulta é só em junho. Eu acho que é inviável", afirmou a mãe.
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Redação iBahia
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