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BRASIL

Ex-advogada se diz ameaçada por membros de CPI e encerra carreira

Catta Preta é advogada criminal há 18 anos. Mas agora, por segurança, está deixando a advocacia

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30/07/2015 às 21:29 • Atualizada em 26/08/2022 às 18:04 - há XX semanas
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A ex-advogada de novo delatores da Operação Lava Jato, Beatriz Catta Preta, afirmou que vai deixar a profissão de receber "ameaças veladas" de integrantes da CPI da Petrobras na Câmara. A afirmação foi feita em entrevista exibida nesta quinta-feira (30) no Jornal Nacional. Beatriz disse ainda que um de seus clientes, o empresário Júlio Camargo, tinha "medo de chegar" ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, com suas delações.
Beatriz foi convocada para depor na CPI e preferiu deixar os casos ligados à Lava Jato no último dia 22. Ela não citou nomes de quem estaria fazendo as ameaças. A advogada passou mais de um mês com a família nos EUA e finalmente está de volta ao Brasil. Ela disse que não precisa se esconder de ninguém. A viagem foi somente de férias, garante a advogada, e nunca uma fuga. "Nunca cogitei sair do país, ou fugir do país como está sendo dito na imprensa", afirmou.
Catta Preta é advogada criminal há 18 anos. Mas agora, por segurança, está deixando a advocacia. "Depois de tudo que está acontecendo, e por zelar pela segurança da minha família, dos meus filhos, eu decidi encerrar a minha carreira na advocacia. Eu fechei o escritório", disse. Perguntada se recebeu ameaças de morte, ela esclarece: "Não recebi ameaças de morte, não recebi ameaças diretas, mas elas vêm de forma velada. Elas vêm cifradas".
Segundo Beatriz, a pressão aumentou depois que Camargo mudou o depoimento e passou a envolver o presidente da Câmara em sua delação. "Aumentou essa tentativa de intimidação a mim e minha família". A advogada disse sentir pressionada e intimidada - para ela, ações que vêm dos "integrantes da CPI, daqueles que votaram a favor da minha convocação". Ela não quis responder se isso incluía o presidente da Câmara Eduardo Cunha.
A advogada negou ter ganhado mais de R$ 20 milhões com os casos da Lava Jato. "Esse número é absurdo. Não chega perto da metade disso", garante. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) tenta evitar que Beatriz tenha que comparecer à CPI. Caso contrário, ela diz que vai comparecer e se manter calada. "Se eu tiver que ir a CPI, infelizmente tudo o que eu vou poder dizer a eles é que eu mantenho o sigilo profissional e não vou revelar nenhum dado que esteja protegido por sigilo".

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