A Gol Linhas Aéreas e a Infraero serão multadas em até R$ 230 mil pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) devido ao embarque irregular de uma passageira com deficiência física em um voo entre Foz do Iguaçu, no Paraná, e São Paulo. A coordenadora de comunicação Katya Hemelrijk da Silva, que é cadeirante, só conseguiu embarcar após se arrastar pelas escadas que dão acesso ao avião. Em dezembro de 2014, o relato do incidente feito pela cadeirante em uma rede social chamou a atenção dos internautas.
Na publicação, Katya Hemelrijk da Silva escreveu sobre os problemas nos equipamentos stair trac e ambulift - utilizados para o transporte de deficientes até o interior dos aviões. Em entrevista ao G1 São Paulo, ela contou que, no momento do check-in, escutou dois funcionários dizendo que a stair trac estava desligada. Na época, o aeroporto não contava com um ambulift. "Na hora de embarcar, a mulher falou que o gerente queria conversar comigo. Ele me deu três alternativas: ou eles me subiam no braço, ou me levavam na própria cadeira, com dois me carregando, ou eu teria que esperar o próximo voo, que daria tempo de carregar o aparelho", contou. Katya negou as três. Katya optou por se arrastar pela escada por ser o método mais seguro. "Se fosse para alguém me carregar, seria meu marido, mas mesmo assim não é a solução ideal. A escada estava escorregadia com o sereno. E como eu tenho esse problema dos ‘ossos de vidro’, qualquer forma que me peguem, uma forma mais bruta, acaba me machucando", completou. Ela teve mais de 200 fraturas ao longo da vida.
A publicação feita por Katya no Facebook gerou revolta dos internautas na rede social. (Foto: Reprodução/Facebook) |
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