O goleiro Bruno se apresentou à polícia no final da tarde desta terça-feira (25), depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) revogou a liminar que o mantinha solto. Espontaneamente, o goleiro se entregou pouco antes das 18h na Delegacia Regional de Varginha, em Minas Gerais. Ele assinou uma certidão se comprometendo a se entregar e foi liberado, pois ainda não há mandado de prisão contra ele.
"O goleiro Bruno se apresentou espontaneamente na Polícia Civil assim que ele ficou sabendo da decisão do STF e quando viu que perdeu a liminar, veio e se apresentou. A gente só tem como recolhê-lo com mandado de prisão ou captura e no sistema ainda não existe esse mandado, até porque a decisão foi agora. Ele se apresentou, demonstrando que não tem interesse em fugir, tem interesse em cumprir a ordem judicial. Pedimos para que ele esperasse, fizemos as consultas e como não constava nenhum mandado de prisão, entramos em contato com o fórum, e eles nos orientaram para que ele se apresente à 1ª Vara Criminal, para depois ser recambiado para onde o mandado determinar", afirmou ao G1 o delegado Roberto Alves Barbosa Júnior.
Agora, Bruno deve se apresentar ao juiz da 1ª Vara Criminal de Varginha na tarde de quarta. Não há definição de para onde ele será levado. "Há a possibilidade dele ficar preso, já que ele já tem domicílio aqui já, ele já reside em Varginha, pode ser que ele fique recolhido aqui no presídio de Varginha, mas isso é uma decisão que o juiz vai decidir amanhã", afirma o delegado.
O advogado Lúcio Adolfo afirmou que irá acompanhar Bruno amanhã ao se apresentar e que pretende recorrer da decisão do STF. "Ele se apresentou, mas como o mandado de prisão não havia chegado, ele se comprometeu a se apresentar amanhã e vai fazer isso comigo. Vamos recorrer amanhã mesmo, no STF de um lado e em Varginha de outro".
Relembre
Preso em 2010, Bruno foi condenado em 2013 a 22 anos e meses de prisão pela morte da ex-namorada Eliza Samúdio. Depois de ser solto, ele foi contratado pelo Boa Esporte, time que disputa a segunda divisão do Campeonato Estadual de Minas Gerais. Ele foi titular da equipe na fase final do Módulo 2 e já atuou em cinco partidas.
O caso estava com o ministro Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo em janeiro. Foi então encaminhado ao ministro Marco Aurélio Mello, que determinou a soltura de Bruno por conta da demora para julgar uma apelação do atleta. Com a chegada de Alexandre de Moraes, substituindo Zavascki, ele herdou boa parte dos processos do ministro, incluindo o de Bruno.
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Redação iBahia
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