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"Gostaria de pedir perdão", diz cantor sobre mortes na boate Kiss

Marcelo de Jesus dos Santos segurou um artefato pirotécnico que provocou incêndio

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24/11/2015 às 19:13 • Atualizada em 01/09/2022 às 6:11 - há XX semanas
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O processo sobre a tragédia na boate Kiss, que deixou 242 pessoas mortas e mais de 600 feridas, no dia 27 de janeiro de 2013, chegou na fase mais esperada: o depoimento dos réus acusados de homicídio. Quase dois anos e 10 meses depois da tragédia, Marcelo de Jesus dos Santos, cantor da banda Gurizada Fandangueira, falou na Justiça de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e pediu perdão. "Vejo a dor de todo mundo aqui e gostaria de pedir perdão, se eu fiz alguma coisa errada. Nunca imaginei que poderia acontecer isso na minha vida. É difícil de falar. Tinha pessoas que a gente ama lá dentro. Se tinha que falar alguma coisa, é pedir perdão", disse Marcelo durante o depoimento dsta terça-feira (24).A banda se apresentava na boate quando o vocalista usou um artefato pirotécnico, que causou o incêndio. As chamas se alastram pelo forro da casa noturna e espalharam uma fumaça tóxica no ambiente.
O vocalista, o funcionário da banda Luciano Bonilha Leão e os sócios da boate, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, são acusados de homicídio e tentativas de homicídio com dolo eventual. Eles chegaram a ser presos nos dias seguintes ao incêndio, mas desde o fim de maio de 2013 respondem ao processo em liberdade.Questionamentos
Marcelo concordou em responder as perguntos do juiz Ulysses Fonseca Louzada, responsável pelo caso, e da acusação. Em um dos questionamentos, Louzada observou que a ideia do uso do artefato durante as apresentações da banda foi do gaiteiro Danilo Jacques, que morreu durante a tragédia."Começou com o Danilo, e o sogro dele fazia isso, bem antes da tragédia. Umas vezes a gente fazia, outras vezes não fazia. Não era aquela coisa corriqueira", explicou o vocalista, acrescentando que a banda começou a usar fogos de artifício em 2009.O juiz perguntou se alguma vez ele observou as instruções do produto para uso do artefato - ele negou. Marcelo disse ainda que o sócio da boate, Elissandro Spohr, mais conhecido como Kiko, tinha conhecimento do uso do material dentro da casa noturna. "Kiko nunca falava nada do uso do material".
Correio24horas

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