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Os professores da UFA também estão parados |
Nesta sexta-feira (13), o Governo Federal propôs aos professores universitários federais em greve um plano de carreira que entraria em vigor em 2013. De acordo com a Agência Brasil, os reajustes propostos variam entre 24,4% e 45,1% para doutores. A proposta é que todos os docentes federais de nível superior tenham aumento salarial ao longo dos próximos três anos, além dos 4% retroativo a março que já foram concedidos por medida provisória (MP 568), segundo o site do Ministério do Planejamento. Os professores com doutorado e dedicação exclusiva receberão salário inicial de R$ 8,4 mil. Já a remuneração dos professores doutores com dedicação exclusiva que já tenham ingressado na Universidade passará de R$ 7,3 mil para R$ 10 mil. E, ao longo dos próximos três anos, o professor titular com dedicação exclusiva passe a receber, ao invés de R$ 11,8 mil para R$ 17,1 mil. A proposta também inclui a redução de 17 para 13 os níveis de carreira. O intuito é estimular o avanço mais rápido e a busca da qualificação profissional e dos títulos acadêmicos. Para os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, o Governo Federão propõe um novo processo de certificação do conhecimento tecnológico e experiência acumulados durante a atividade profissional de cada professor, além da possibilidade de progressão pela titulação. De acordo com a Agência Brasil, a paralisação pode terminar caso a categoria aceite a proposta do Governo.
Impacto no orçamento federalO impacto fiscal desta proposta no orçamento federal será de R$ 3,9 bilhões, segundo a Agência Brasil. Este valor será dividido nos próximos três anos, de acordo com a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior. Em 2012, a proposta terá impacto de R$ 1,56 bilhão (40%). Já em 2013 e 2014, o impacto será de R$ 1,17 bilhão em cada ano.
57 dias de greveA greve da categoria, iniciada no dia 17 de maio, completou nesta sexta-feira 57 dias. Aderiram à paralisação 56 das 59 universidades federais e 34 dos 38 institutos federais de educação tecnológica, de acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).
*Com informações da Agência Brasil e do site do Ministério do Planejamento