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Governo vai recorrer da decisão da Justiça sobre o Enem

Juiz do CE determinou a anulação de 13 questões do exame em todo o país. Recurso será apresentado ao TRF-5, no Recife

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01/11/2011 às 16:17 • Atualizada em 14/09/2022 às 0:44 - há XX semanas
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A Advocacia Geral da União informou nesta terça-feira (1º) que a orientação do governo federal é de recorrer da decisão da Justiça do Ceará em anular 13 questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aplicado nos dias 22 e 23 de outubro, que foram antecipadas por um colégio de Fortaleza. De acordo com a assessoria de imprensa da AGU, nesta quinta-feira (3), quando o Judiciário voltar às atividades após recesso do feriado, deverá protocolar um recurso no Tribunal Regional Federal da 5ª Região, no Recife. O recurso será elaborado junto ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (Inep), autarquia do Ministério da Educação responsável pela organização do Enem, com a posição do MEC pela manutenção das questões. O ministério defende que o problema é pontual e a solução seria a anulação ou das provas dos 639 candidatos do Colégio Christus, ou a anulação das 13 questões dos alunos deste colégio que, dias antes do Enem, teriam tido acesso a apostilas contendo estas perguntas. Nesta terça, o MEC por meio de sua assessoria confirmou que mantém a posição de recorrer contra a decisão da Justiça do Ceará. No Twitter, a assessoria do MEC disse que é falsa a informação veiculada na internet de que o Ministério da Educação teria desistido de recorrer da decisão de ontem de Fortaleza. O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse durante o programa "Roda Viva" da TV Cultura, na noite de segunda-feira (31), que a decisão da Justiça Federal do Ceará de anular 13 questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em todo o país afeta 99,9% dos estudantes que não têm qualquer relação com o que ocorreu em uma determinada escola no Ceará. Durante o programa, o ministro disse que a decisão do juiz Luís Praxedes Vieira da Silva, da 1ª vara da Justiça Federal do Ceará, foi mais sóbria do que a de outros juízes em anos anteriores, mas a melhor solução não seria esta. "Entendo que o que ocorreu no Ceará foi uma situação isolada e a melhor solução seria a de reaplicar a prova somente aos alunos beneficiados por esta ação delituosa ou cancelar as questões somente desses alunos. A solução é isolar o problema, cancela-se cirurgicamente", disse Haddad. Nesta terça-feira, o procurador federal Oscar Costa Filho, do Ministério Público Federal no Ceará, afirmou que vai entrar com requerimento pedindo que a decisão de anular questões do Enem se estenda à questão 25 do caderno amarelo, que é similar a 11, do caderno de Ciências Humanas distribuído na escola Christus, de Fortaleza.

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