O governo decidiu que vai reduzir a mistura de álcool na gasolina de 25% para 20%. Essa decisão foi tomada no início da noite desta segunda-feira (29) numa reunião no Palácio do Planalto entre a presidente Dilma Rousseff; o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; o ministro da Fazenda, Guido Mantega; o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro; e a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. De acordo com Lobão, a medida entra em vigor no dia 1º de outubro e vai valer por tempo indeterminado. "Vamos modificar a resolução no momento em que acharmos que temos segurança", disse o ministro. Lobão afirmou que esta é mais uma "medida de precaução" do governo contra o risco de desabastecimento de etanol no mercado brasileiro e o aumento do preço do produto para o consumidor. A oferta do combustível não vem acompanhando a demanda nos postos. Devido à mistura, o aumento do preço do etanol também estava impactando no preço da gasolina. A decisão desta segunda-feira, porém, deve levar o Brasil a importar mais gasolina, pois as refinarias do país já produzem no limite da capacidade. "Temos que garantir o abastecimento [de etanol] olhando para este ano e para o próximo também. Porque verificamos que a safra do próximo ano também não será muito melhor que a atual. Então, temos que tomar providências desde logo, para garantir o presente e o futuro", declarou ele. EstoqueO ministro disse ainda que o governo deve divulgar nos próximos dias uma medida provisória para incentivar o aumento da produção e estocagem do etanol no país. Segundo Lobão, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, está finalizando os detalhes da medida, que inclui a criação de linhas de crédito para produtores.
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