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H1N1 volta e exige cuidados com bebês, grávidas e idosos

Em 2015, não houve nenhum registro da doença na Bahia, mas no início de 2016, ela está e volta

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03/04/2016 às 11:41 • Atualizada em 27/08/2022 às 16:08 - há XX semanas
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Ela andava escondida nos últimos anos, no entanto, há cerca de vinte dias um aumento inesperado de procura por atendimento nas emergências e postos de saúde de Salvador despertou o alarme para o reaparecimento da gripe H1N1. Os sintomas são os mesmos de uma gripe forte: falta de ar, desconforto respiratório, aumento da frequência respiratória e queda de pressão. A diferença é que a sintomatologia sistêmica, que atinge o corpo e não só as vias respiratórias, tende a se complicar e pode levar à morte. Para se ter uma ideia da gravidade da situação, vale lembrar que do início do ano até agora, 10 casos da doença foram confirmados e duas mortes foram atribuídas a essa variação do Influenza que tende a complicar, especialmente em pessoas com doenças cardíacas, complicações neurológicas, imunodeprimidos, crianças muito novas e maiores de 60 anos. De acordo com o coordenador da Vigilância Epidemiológica do Município, Ênio Soares, Salvador computou 58 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, mas nenhum dos casos foi provocado pelo H1N1. Esse ano, foram 69 casos, sendo que 50 pacientes estão sob investigação. “Geralmente, só íamos nos preocupar com os quadros mais severos no final de maio, esse ano, percebemos que houve uma antecipação de casos”, pontuou Soares. Ele tranquiliza, no entanto, dizendo que o panorama de Salvador está sob controle. “Estamos alertando os profissionais de saúde para que estejam atentos aos desconfortos respiratórios de maior gravidade, evitando que tudo seja tratado como simples virose”, explica o representante da Secretaria Municipal de Saúde. Com uma postura parecida, o coordenador Estadual de Imunização Ramon Saavedra lembra que a vacinação contra o H1N1 será realizada em todo o País no período de 30 de abril a 25 de maio. “A imunização é voltada para os grupos vulneráveis, mais especificamente crianças com faixa etária entre os seis meses e os cinco anos, idosos, gestantes, portadores de doenças crônicas, trabalhadores da saúde, populações indígenas e carcerária. “Nossa meta é evitar internamentos e mortes causadas pelo vírus”, completa. A vacina também está disponível na rede privada para os indivíduos que não se enquadrarem nos pré-requisitos de uso na rede pública de saúde. Prevenção A diretora do Hospital Couto Maia e consultora da Seimi Vacinas, Ceuci Nunes ressalta que a vacina é feita com vírus mortos e pode ser aplicada em qualquer pessoa acima dos seis meses de idade, no caso da vacina trivalente, e três anos para a vacina tetravalente. “A restrição vale apenas para os que possuem alergias aos componentes da vacina”, alerta.A vacina quadrivalente é composta por quatro vírus da gripe, o que aumenta a possibilidade de proteção, uma vez que as vacinas existentes até o momento são compostas por três vírus. A composição consiste em dois vírus influenza A (sendo um deles o H1N1) e dois da influenza B, o que amplia a proteção para a influenza sazonal, que causam surtos anualmente na Bahia, além de Salvador, os municípios de Guanambi, Vitória da Conquista (ambos com sete notificações), Feira de Santana (4 notificações) e Lauro de Freitas(6) são os que mais despertam atenção das autoridades de saúde. A infectologista Maria Alice Sena, do Hapvida, lembra que a forma de contágio do vírus Influenza H1N1 ocorre através do contato próximo com secreções respiratórios do indivíduo (gotículas) portador do vírus, através da tosse, espirro e durante a fala. Por isso mesmo, vale investir em medidas preventivas, tais como evitar aglomerações em ambientes fechados, isolar o paciente com suspeita ou diagnóstico da gripe H1N1, utilizando máscara para o contato direto com o mesmo e o orientando a lavar frequentemente as mãos, usar lenço cobrindo a boca e o nariz, ao tossir e espirrar e vacinação da população vulnerável. “Caso haja exposição desprotegida, em indivíduos vulneráveis não vacinados ou vacinados há menos de 15 dias, depender do grau de risco, pode ser feito uso de medicamento antiviral, profilaticamente”, explica a médica. O infectologista Claudilson Bastos, consultor do Laboratório Sabin, alerta para a importância de dar ao organismo às condições necessárias para que ele responda ao ataques dos vírus e, para tanto, o médico diz que é preciso investir numa dieta bastante saudável e no aumento da hidratação. “Repouso e até mesmo o uso de medicações prescritas para aliviar sintomas gripais vão ajudar a minimizar o quadro”, pontua, destacando que deixar os ambientes arejados ajuda a combater a infecção.
Correio24horas

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