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Homem é preso acusado de vender ternos falsos para políticos

Uma das vítimas é o diretor jurídico do Procon, Fábio Picanço, que comprou um traje horas antes da prisão do vendedor

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Redação iBahia

01/08/2019 às 21:39 • Atualizada em 26/08/2022 às 20:13 - há XX semanas
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Policiais da Delegacia de Combate à Pirataria prenderam nesta quinta-feira, em flagrante, João de Sá Marques, suspeito de vender ternos falsos para autoridades, advogados e políticos. Segundo ele, entre os clientes estariam o vice-governador Claudio Castro (PSC) e o deputado estadual Márcio Pacheco (PSC), líder do governo na Alerj.

As investigações mostram que o homem comprava os ternos na Rua Vinte e Cinco de Março, em São Paulo, tradicional área de comércio popular. A mulher de João, Lúcia Vitureira Mendes Marques, também foi presa. Com o casal, foram apreendidos um Audi Q3 ano 2012, uma máquina de cartão de crédito, 40 ternos com etiquetas de diversas grifes, R$ 3 mil em espécie e um cheque de R$ 2 mil.

Uma das vítimas de João de Sá foi Fábio Picanço, advogado e diretor jurídico do Procon-RJ. O cheque apreendido com o casal era de seu escritório. Horas antes da prisão, Picanço comprou um terno de João. Segundo ele, o vendedor disse que como clientes ministros, políticos e desembargadores.

Foto: reprodução

— Ele foi ao meu escritório mostrar algumas peças. Ainda chamei alguns colegas para darem uma olhada, mas o João disse que não tinha os tamanhos certos e também não poderia voltar outro dia, pois iria nesta sexta para Portugal e só voltaria em dois anos — disse o advogado, ressaltando que já entregou a peça comprada para a polícia.

Em nota, o vice-governador Cláudio Castro disse não ter comprado ternos com João, e que as peças foram adquiridas por assessores. Segundo ele, a indicação do vendedor partiu do deputado estadual Márcio Pacheco e que ele andava livremente na Alerj. O vice-governador ainda disse que se comprovada a origem hostil dos produtos, cada um de seus assessores devolverá imediatamente as peças adquiridas.

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Já deputado estadual Márcio Pacheco confirmou que comprou ternos com o vendedor, mas que se comprovado a origem ilícita das peças, irá devolve-las.

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