icone de busca
iBahia Portal de notícias
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
BRASIL

HPV: menos da metade da meninas recebeu a segunda dose

Imunização não substitui a realização do exame preventivo nem o uso do preservativo nas relações sexuais

foto autor

11/11/2014 às 10:22 • Atualizada em 01/09/2022 às 19:06 - há XX semanas
Google News iBahia no Google News
Mais de dois meses após o início da aplicação da segunda dose da vacina contra o papiloma vírus humano (HPV), 2,2 milhões de meninas com idade entre 11 e 13 anos receberam o reforço da imunização. O número representa 45% do público-alvo, formado por 4,9 milhões de adolescentes. Os números foram divulgados nesta terça-feira(11) pelo Ministério da Saúde. A pasta reforçou a importância da segunda dose para garantir proteção contra o HPV, responsável pela maior parte dos casos de câncer de colo de útero, terceiro tumor mais frequente na população feminina e terceira causa de morte entre mulheres por câncer no Brasil. A estimativa é que 14 mulheres morram todos os dias no país vítimas da doença. “Para garantir 100% de proteção contra o HPV, que provoca o câncer de colo de útero, as meninas de 11 a 13 anos precisam tomar todas as doses previstas na vacinação: a segunda, seis meses depois da primeira, e a terceira, de reforço, cinco anos depois”, destacou o ministério. A pasta ressaltou ainda que, embora a vacina faça parte do Calendário Nacional de Imunização do Sistema Único de Saúde (SUS) e esteja disponível durante todo o ano nos postos de vacinação, as adolescentes devem seguir o cronograma de intervalo previsto entre uma dose e outra. “A primeira dose sozinha não protege contra o vírus.” Na sexta-feira (7), em entrevista à Agência Brasil, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse que o governo, por meio das secretarias estaduais e municipais, tenta identificar as meninas que ainda não receberam a segunda dose da vacina. “O que vamos fazer é um trabalho mais pontual. Estamos identificando meninas que não tomaram a segunda dose e convocando para comparecer aos postos”, explicou, ao se referir ao plano como uma estratégia para as faltosas.

Ceilândia (DF) - Alunas do Centro de Ensino Fundamental 25, em Ceilândia, são vacinadas contra o HPV (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Mesmo com imunização, é preciso o uso do preservativo durante as relações sexuais
O SUS oferece a vacina quadrivalente, que protege contra quatro subtipos do vírus (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia. Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo de útero em todo mundo e os subtipos 6 e 11 por 90% das verrugas anogenitais. Tomar a vacina na adolescência, segundo a pasta, é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer de colo de útero. A imunização não substitui a realização do exame preventivo nem o uso do preservativo nas relações sexuais. A orientação é que mulheres de 25 a 64 anos façam o exame preventivo conhecido como papanicolau a cada três anos. O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com a pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Ele também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estimativas da Organização Mundial da Saúde indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18. Em relação ao câncer de colo de útero, estudos mostram que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos no Brasil.

Leia também:

Foto do autor
AUTOR

AUTOR

Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!

Acesse a comunidade
Acesse nossa comunidade do whatsapp, clique abaixo!

Tags:

Mais em Brasil