Após encerrar nesta segunda-feira a fase de depoimentos da investigação sobre a acusação de estupro contra o jogador Neymar Jr, a polícia acredita agora que o caminho para esclarecer o caso possa estar nos arquivos do aparelho celular da modelo Najila Trindade.
No equipamento, há registro de conversas e fotos trocadas entre Najila e o jogador durante três meses em redes sociais e aplicativos de mensagens. As autoridades conseguiram um mandado de busca e há quase uma semana tentam obter o aparelho. No entanto, como o mandado é restritivo ao endereço, e a modelo não retornou ao imóvel nos últimos sete dias, mesmo com mandado, ainda não foi possível conseguir o equipamento.
Na segunda-feira (17) os dois últimos depoimentos tomados na 6ª Delegacia da Mulher foram de Carlos Henrique, amigo do jogador, e Altamiro Bezerra, diretor financeiro e CEO da empresa NR Sports, empresa que cuida da carreira do atleta.
Outra prova que não foi colhida e permanece fundamental para o caso é um suposto vídeo, de sete minutos, gravado no segundo encontro entre Neymar e Najila Trindade em 16 de maio. O vídeo seria a versão completa do excerto vazado no último dia 5 em que Najila dá tapas no jogador.
Há incerteza ainda sobre o material. Nenhum dos três ex-advogados da modelo — que já está no quarto defensor — assistiu ao conteúdo completo do vídeo. Eles disseram a interlocutores que a modelo nunca aceitou mostrar a íntegra do material. Um dos advogados que assistiu uma parte maior do vídeo afirmou ao GLOBO que não identificou nada nas imagens que pudesse favorecer a estratégia da defesa.
Embora já tenho ouvido as testemunhas e os envolvidos, a delegada responsável pelo inquérito, Juliana Bussacos, ainda pode chamar Neymar, a modelo ou alguma testemunha, caso haja dúvida sobre algum fato.
Ainda não há previsão do término da investigação. Na próxima etapa, a polícia vai analisar os depoimentos e provas colhidas. Após essa fase, a delegada decide se vai indiciar o jogador ou arquivar a acusação.
Caso se convença de que há indícios de que um crime foi cometido, ela deve indicar qual o tipo penal a que o atacante responderá. O caso então é encaminhado para o Ministério Público, que ouve as partes novamente e decidi se apresenta ou não uma denúncia.
(estagiário sob a supervisão de Tiago Dantas)
Veja também:
Leia também:
AUTOR
Redação iBahia
AUTOR
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade