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Jovem de 19 anos acusa PMs de estupro em viatura

Em entrevista ao G1, ela disse que pediu ajuda aos policiais para encontrar um ponto de ônibus

Redação iBahia • 14/06/2019 às 17:19 • Atualizada em 29/08/2022 às 3:05 - há XX semanas

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Uma jovem de 19 anos acusa dois policiais militares de estupro dentro de uma viatura. De acordo com a vítima, o crime aconteceu na noite desta quarta-feira (12), na cidade de Praia Grande (SP). Os PMs negam que tenham violentado sexualmente a garota. As informações são do G1 Santos e Região.

À polícia, a jovem informou que voltada de uma festa na casa de uma amiga quando pediu informação aos policiais sobre a localização de um ponto de ônibus. Em seguida, os agentes ofereceram carona até um terminal rodoviário próximo e alegaram que ela não conseguiria pegar um transporte no local onde estava.

"Eu aceitei. Nunca esperei que uma pessoa que deveria garantir a minha segurança poderia fazer isso comigo”, contou a vítima ao G1.

Ela relatou ao G1 que sentou no banco de trás e que um dos PMs sentou ao seu lado e começou a puxar o seu cabelo para beija-la.

"Ele abriu as calças, com a arma na cintura, e forçou a minha cabeça para que eu fizesse sexo oral nele. Depois me jogou no banco e me violentou sexualmente, sem camisinha. Eu falava que não queria e ele continuava. Senti muito medo e fiquei sem reação", explicou a jovem.

Ela disse também que ficou em estado de choque parou de abusar sexualmente dela. "Ele me machucou muito. Enquanto o PM me estuprava, minha cabeça batia no vidro da viatura. O outro policial só dirigia como se nada estivesse acontecendo. Eu já chorei demais". Após o crime, eles a deixaram no terminal rodoviário.

O caso foi registrado na delegacia da cidade e será investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).

"Ninguém trata como um abuso porque ele é um policial, mas não deveria ser assim. Quando fui na delegacia prestar depoimento, ele ainda teve coragem de olhar para mim, com os braços cruzados, e riu ironicamente", pontuou a jovem.

Ao G1, ela disse também que foi pressionada a não divulgar o crime, mas ela resolveu falar para ajudar outras possíveis vítimas.

“Isso pode acontecer com outras meninas, se já não aconteceu. Se eu tivesse respondido na hora, ele poderia até ter me matado e me jogado no mato, ninguém iria saber. Eu não quero que isso aconteça com mais ninguém. Por isso não vou me calar", finalizou.

A Polícia MIlitar afirmou ao G1 que instarou um inquérito para apurar os fatos e que está buscando testemunhas e imagens próximas ao local onde o crime.

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