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BRASIL

Jovem inventa gravidez e faz até festa de 1 ano para o 'bebê'

Farsa foi descoberta durante a festinha, que custou R$ 3 mil

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Redação iBahia

02/08/2017 às 16:55 • Atualizada em 01/09/2022 às 1:55 - há XX semanas
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A Polícia Civil de Ribeirão Preto investiga uma jovem de 24 anos acusada de fingir uma gravidez para se vingar do ex-namorado. Pâmela Ribeiro Serveli teria falsificado um exame que induziu a Justiça ao erro e manteve a farsa por 1 ano - a história foi descoberta durante a festa de aniversário da criança. Segundo o advogado de Pâmela, Carlos Andreotti, ela está em tratamento psiquiátrico e todos documentos que ela apresentou à Justiça serão periciados. A informação é do G1.

Foto: Reprodução

Pâmela e Victor Guerino Sedassare namoraram por quatro anos e terminaram em 2015, mas chegaram a sair algumas vezes juntos depois disso porque a jovem não aceitava o fim da relação. Depois do último encontro, Pâmela procurou o ex-namorado para dizer que estava grávida e levou um exame.

Perto do parto, Victor chegou a ser convidado para assistir ao nascimento, mas não aceitou porque tinha dúvidas sobre a paternidade da criança. Mesmo assim, Pâmela entrou na Justiça para que Victor pagasse todos os seus custos com a gestação, apresentando o exame de gravidez. Ela conseguiu um mandado favorável.

Batizada de Laura, a criança teria nascido no ano passado. Victor afirma que tentava ver a filha e não conseguia, sempre impedido por Pâmela e pelos avós maternos. Nas redes sociais, Pâmela publicava fotos com uma criança, sempre sem mostrar o rosto. "Ela começou a me evitar. Eu pedia pra ela trazer a criança pra eu ver, e ela simplesmente não trazia. Ela falava que vinha, chegava na hora e ela não trazia. Sempre tinha um problema, sempre tinha um empecilho. Aí a gente começou a duvidar, que isso não era tão normal", diz o rapaz.

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Foto: Reprodução

A mãe de Victor, Rosa, ficou desconfiada, passou a ir até a vizinhança de Pâmela e não encontrou ninguém que conhecesse a criança. A avó materna chegou a receber a paterna, mas a bebê não estava na casa. "Ela disse que a Pâmela não queria que ninguém visse a criança. Ninguém viu. Eu conversei com os vizinhos e ninguém nunca tinha visto essa criança, nem saindo com a Pâmela, nem com outra pessoa. Ninguém nunca viu uma criança naquela casa", acusa.

Exame falso
Em julho, Rosa procurou o laboratório que fez o exame de gravidez de Pâmela e descobriu que era falso. "Eu pensei, se o teste de gravidez é falso, tudo é falso, não existiu uma gravidez. Rosa procurou o juiz para falar do exame falso.

Rosa e Victor: foi a mãe que descobriu a mentira (Foto: Reprodução)

Enquanto isso, Laura completaria 1 ano no dia 11 de julho deste ano. A família planejava uma festa, com custo de R$ 3 mil, e distribuiu convites para amigos e familiares. Um oficial de Justiça foi enviado para casa de Pâmela exatamente nesse dia pedindo que ela fosse ao fórum levar a certidão de nascimento da filha.

A mãe de Victor foi à festa e a criança não estava lá. "A festa estava linda e parecia ser real. Mas não tinha a criança. Nem a mãe da criança estava lá. Ela alegou que o oficial de Justiça tinha chegado na casa dela naquele momento, porque tinha uma denúncia de maus-tratos. Que a criança tinha ficado em casa com o pai dela e que assim que o oficial fosse embora, o pai dela viria com a criança pra festa", diz.

No meio da festa, uma mulher chamada Emily invadiu o local dizendo que estavam tentando roubar a filha dela. A polícia foi acionada e Pâmela foi parar na delegacia. Para Rosa, as duas jovens tinham combinado toda a situação. "Eu acho que se o oficial de Justiça não tivesse chegado na casa da Pâmela, a criança chegaria na festa. (Creio) que a Emily teria cedido a criança pra ela. Por que como que ela montou uma festa sabendo que não tinha uma criança pra levar na festa?", questiona.

A participação de outras pessoas ainda é investigada. Pâmela, que segundo o advogado tem problemas psiquiátricos e está internada, pode responder por falsificação de documentos e por utilização da Justiça de forma indevida. A pena é de um a cinco anos de prisão para cada um dos crimes.

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